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Entre concertos e instalações, o MEXE traz ao Porto um debate sobre a irrelevância

Evento é gratuito e está de volta a vários espaços do Porto, entre os dias 23 e 25 de Maio, com teatro, dança, música, performance, instalações e conversas.

Ana Catarina Peixoto
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Ana Catarina Peixoto
Jornalista, Porto
O espectáculo 'Q-Circo', da Erva Daninha, também integra a programação do MEXE
DR | O espectáculo 'Q-Circo', da Erva Daninha, também integra a programação do MEXE
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Por entre espaços públicos e não convencionais do Porto, o MEXE – Encontro Internacional de Arte e Comunidade está de volta para a sua sétima edição e traz vários espectáculos de teatro, dança, música, performance, mas também instalações e conversas – tudo com entrada gratuita. O encontro acontece entre os dias 23 e 25 de Maio e este ano vai debater “A Irrelevância” e temas como a identidade, a sexualidade e a migração.

A programação, que pode ser consultada na íntegra na página do evento, coloca em diálogo artistas nacionais e internacionais com espaços e comunidades locais, através de várias formas de arte, debate e partilha. “Num momento em que as questões da guerra, migração, segurança, urgência climática, igualdade racial e de género são discutidas numa dimensão tão distante da realidade comunitária, o MEXE propõe a reflexão: como existir nesta irrelevância? A arte participativa e comunitária é, em si mesma, um reflexo do processo democrático”, refere João Ferreira, director artístico do MEXE. 

No primeiro dia, 23 de Maio, às 21.30, Lukanu Mpasi traz à Cooperativa dos Pedreiros Matxikadu, uma performance de dança e música que questiona os estereótipos e experiências do que é ser homem negro em Portugal. Ainda antes, a partir das 17.30, a sessão de abertura do MEXE vai contar com a psicanalista e escritora espanhola Lola López Mondéjar. A conversa vai decorrer na Praça da Alegria e “permitirá conhecer o pensamento da autora de Sin relato. Atrofia de la capacidad narrativa y crisis de la subjetividad, vencedor do prémio Anagrama de Ensaio 2024, partilhando estratégias de sobrevivência da contemporânea incerteza crescente”, refere a organização em nota de imprensa.

Ao longo dos três dias (sexta e sábado, das 14.00 às 18.00, e domingo, das 10.00 às 13.00) poderá também ver a apresentação de Stories of Refugies, uma imersiva instalação audiovisual que marca o regresso da artista visual libanesa Tanya El Khoury a Portugal, desta vez com o colectivo The Dictaphone Group. A instalação estará no Espaço Ócio e será construída em beliches a partir dos quotidianos de três migrantes sírios em Munique.

Há ainda uma performance-itinerante da artista italiana Caterina Moroni na Associação de Moradores da Lomba, no sábado (10.30 e 14.30) e o Espaço Agra recebe, às 11.30 e 15.30, a companhia circense Erva Daninha com o espectáculo Q-Circo. A parada Mexe, que acontece no domingo, a partir das 16.30, parte da Alameda das Fontainhas e conta ainda, às 17.00, com um concerto e bailarico comunitário. 

Vários locais (Porto). 23-25 Mai, Sex-Dom. Entrada livre

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