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Gito Wine
©Bruno GouvêaGito Wine

Gito é o novo bar de vinhos naturais a morar na rua dos Mártires da Liberdade

Pelo espaço há cerca de 45 referências de vinhos, muitos deles portugueses, mas não só. Dos espanhóis aos austríacos, dos franceses aos alemães, aqui vende-se de tudo um pouco.

Escrito por
Mariana Morais Pinheiro
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Foi sentado às mesas de Madrid que Bruno Gouvêa, brasileiro que em 2017 trocou o país natal pela capital espanhola, descobriu o crescente e curioso mundo dos vinhos naturais. Publicitário de formação e com a namorada a viver no Porto, em 2021 fez novamente as malas e veio morar para a Invicta. Nelas trazia esta nova paixão vinícola que não demorou a pôr em prática. “Tinha muita vontade de abrir um negócio meu e não estava feliz com as perspectivas que tinha na empresa onde trabalhava”, diz o empreendedor de 30 anos, que arregaçou as mangas e foi à procura de um local que lhe enchesse as medidas.

“Queria que o Gito – que significa pequeno em ‘ribeirinhês’ (os meus pais nasceram ambos em localidades ribeirinhas, junto ao rio, no Brasil) – fosse um local tranquilo, relaxado, que eu gostasse de frequentar”, ri. Desta feita, em Janeiro abriu o Gito, um bar dedicado a vinhos naturais, na cada vez mais cosmopolita rua dos Mártires da Liberdade. Com tectos altos, uma fotografia balnear a dar ares de Martin Parr na parede e bancos estofados azuis a fazer pendant com os azulejos da mesma cor na cozinha, Bruno alegra quem entra nos 40 metros quadrados de que dispõe.

Gito Wine
©Bruno GouvêaGito Wine

Pelas mesas e prateleiras há cerca de 45 referências de vinhos (espera, em breve chegar às 50), muitas delas portuguesas, mas não só. Dos vinhos espanhóis aos austríacos, dos franceses aos alemães, tem de tudo um pouco. “Quero que as pessoas percebam que podem vir cá provar coisas diferentes, menos habituais, com preços acessíveis a todos. Tenho vinho para todo o mundo”, salienta. Todos os dias há quatro opções de vinho a copo, que rondam entre os 3,50€ e os 4€. 

No dia que visitámos o Gito, nos espumantes, um Uva Rosado Ancestral 2020, espanhol, fazia as honras. Nos brancos podia optar-se por um Safado 2019 ou por um Flui, ambos portugueses; e nos rosés entre um espanhol La Traviesa Rosado 2021 ou um francês Cyprès de Toi 2021. Nos tintos havia Humus Balbúrdia 2017 daqui para provar e um La Traviesa Tinto 2021 do país vizinho. “Todos os dias mudo os vinhos que estão disponíveis para consumo a copo. Sinto o dia e componho a carta. Se estiver um dia de sol, por exemplo, aposto mais em espumantes”, conta Bruno, acrescentando que, se preferir, o cliente também pode comprar as garrafas que estão expostas. 

Gito Wine
©Bruno GouvêaGito Wine

Para acompanhar os vinhos, há tábuas de queijos ou enchidos (ambas a 9€), pão (2€) e azeitonas (2,50€), comprados, muitos deles, no Mercado do Bolhão. Quando o sol desce, a luz baixa percorre o espaço, a música enche o ambiente e as conversas e os brindes fluem pelas mesas. 

Rua dos Mártires da Liberdade, 21. 22 099 0496. Qua-Sáb 16.00-23.30. Dom 16.00-21.00.

+ Os melhores sítios para beber vinhos naturais

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