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Delacroix no 25 de Abril em Atenas (1975), de Nikias Skapinakis
© Cortesia de SerralvesDelacroix no 25 de Abril em Atenas (1975), de Nikias Skapinakis

“Revolução, já!” Porto celebra os 50 anos do 25 de Abril através da arte e do pensamento

Pensamento, poesia, exposições, cinema e música. De Março a Dezembro, estes são os meios através dos quais se celebram os 50 anos do 25 de Abril na cidade.

Escrito por
Adriana Pinto
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Com o intuito de escapar a um “cliché evocativo ou ritual puramente celebratório”, este ano o mote das comemorações de Abril no Porto é proactivo e imperativo: “Revolução, já!”. É este o nome do programa, que se estende de Março a Dezembro e tem como objectivo levar a luta e o debate aos vários cantos da cidade, numa série de iniciativas de carácter público.

Especialmente de 10 a 30 de Abril vai ser impossível passar-lhe ao lado. É o período de duração da mais ambiciosa destas iniciativas, a Poesia Pública, que vai levar aos mupis da cidade trechos de 50 poemas sobre Abril inéditos, escritos por 50 autores nacionais, mas cuja assinatura será anónima, de maneira a promover a curiosidade e a apropriação colectiva dos mesmos.

No âmbito da curiosidade e discussão pública, há um grande regresso: o Fórum do Futuro. O programa de debates, posto em pausa em 2020, regressa com uma série de conversas para analisar e pensar a actualidade de diversas áreas, desde a Economia à Ciência.

De holofotes nas artes, o cinema não poderia ficar de lado. O ciclo Outras Revoluções vai trazer ao Porto dez sessões com filmes de espírito revolucionário, tanto nacionais como internacionais. Manoel de Oliveira, Solveig Nordlund e Philippe Garrel são alguns dos realizadores escolhidos. Mas não fica por aí. O Cineclube do Porto e o Batalha Centro de Cinema também participam das celebrações de Abril através dos ciclos Cinema de Revolução e Se o Cinema é uma Arma, respectivamente.

A agenda do “Revolução, já!” conta ainda com várias exposições, dentro das quais se destaca a “Música como forma de protesto com KISMIF”. Esta, aliada ao programa Ao Ritmo da Revolução, vai fazer os portuenses pensar a música através de uma lente disruptiva.

Já em curso encontra-se o Projecto Liberdade, que leva oficinas dos mais variados ramos artísticos a três estabelecimentos prisionais da cidade (Centro Educativo Santo António, Estabelecimento Prisional da Polícia Judiciária e Ala prisional do Hospital Magalhães Lemos). Os clássicos programas portuenses Cursos Breves e Um Objecto e Seus Discursos adaptaram também as suas agendas ao tema da Revolução.

A programação completa pode ser consultada no site da Câmara do Porto.

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