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As melhores peças de teatro no Porto para ver em Maio

Este mês, o FITEI toma conta da agenda com peças sobre o amor, a morte e ser popular. Fique com as nossas sugestões.

Beatriz Magalhães
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Todos os meses há bons espectáculos para ver no teatro e, o mais importante, é que há peças para todos os gostos e feitios. Quer seja no Teatro Nacional São João ou nos pólos do Teatro Municipal do Porto, no Sá da Bandeira ou, um bocadinho mais longe, no Theatro Circo e no CCVF, encontra aqui uma selecção de peças de teatro a não perder no Porto e arredores. Das maiores produções às mais pequenas, das mais consensuais às mais controversas, das mais conhecidas às mais desconhecidas, alguma haverá de lhe encher as medidas. Bom espectáculo! 

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As melhores peças de teatro no Porto para ver em Maio

  • Dança
  • Porto

Criada pela companhia moçambicana Converge+ e coreografada por Ídio Chichava, a performance junta 13 intérpretes em palco, que dançam e cantam músicas moçambicanas "antigas e actuais" e gospel. Despojados e sem adereços à vista, os bailarinos munem-se dos seus movimentos para criar a narrativa de um colectivo, de uma comunidade.

Teatro Campo Alegre. 3-4 Mai. Sáb 21.30, Dom 17.00. 12€ 

  • Santa Catarina

A ascensão da extrema-direita poderia muito bem ser um filme de terror, daqueles repletos de sustos e de momentos em que nos vemos a gritar “Não vás por aí!” à personagem principal, como se ela nos pudesse ouvir. A pensar nisto, Mickaël de Oliveira escreveu e encenou uma peça que pretende abordar o espectro político português e o crescimento da extrema-direita a nível mundial, convocando os imaginários da tradição do cinema de terror. É assim que um fim-de-semana entre amigos se torna numa discussão acerca dos limites da democracia.

Teatro Nacional São João. 8-11 Mai. Qui e Sáb 19.00, Sex 21.00 e Dom 16.00. 10€-40€

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  • Matosinhos

A artista portuense Aura apresenta uma obra que explora questões ligadas ao prazer e à morte, dividindo-se em duas salas: uma “dedicada ao sexo, ao bondage e a uma experiência sensorial de performance para um espectador individual” e outra sala “dedicada à morte, num espaço de realidade virtual que é uma espécie de agência funerária imaginária”.

Teatro Municipal Constantino Nery (Matosinhos). 14 Mai. Qua 16.00, 16.30, 17.00, 17.30, 18.30, 19.00, 19.30, 20.00, 20.30, 21.00, 21.30. 5€

  • Porto

Vampyr, a peça que arranca o festival FITEI, chega-nos pela mão da encenadora e dramaturga Manuela Infante, que decide pegar no mito do vampiro do norte da Europa para criar algo novo. É a história do vampiro do Sul, a partir da qual a artista chilena reflecte sobre a extração desregulada dos recursos naturais.

Teatro Carlos Alberto. 14-15 Mai. Qua-Qui 19.00. 12€  

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  • Vila Nova de Gaia

O título da peça é roubado clandestinamente a um texto do livro Novas Cartas Portuguesas, que dá o mote para este espectáculo. Partindo da criação do primeiro Sindicato do Serviço Doméstico em Portugal, Sara Barros Leitão propõe-se a contar a história, ainda pouco conhecida e valorizada, do trabalho das mulheres, do seu poder de organização, reivindicação e mudança.

Auditório Municipal de Gaia (Vila Nova de Gaia). 16-17 Mai. Sex-Sáb 21.30. 7€

  • Santa Catarina

Kill Me, da artista argentina Marina Otero, constitui a continuação das peças Love Me (2022) e Fuck Me (2020) e integra parte do projecto "Remember to live", em que a artista se propõe a apresentar diferentes versões de obras até ao dia da sua morte. Aqui, junta-se a mais cinco intérpretes para fazer uma peça sobre o quão o amor é louco. 

Teatro Rivoli. 17 Mai. Sáb 19.00. 12€ 

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  • Santa Catarina

Raquel Lima, artista transdisciplinar, poeta e investigadora de Estudos Pós-Coloniais, apresenta uma performance que parte de um ritual antigo da cultura são-tomense, em que se acredita que as crianças crescem e viajam pelo mundo, sabendo sempre como regressar a casa. Protagonizada por Maria Palmira Joaquim, Okan Kayma e Raquel Lima, a peça evoca a música, a poesia e o movimento "na busca de cordões de transmissão e nutrição".

Teatro Rivoli. 17-18 Mai. Sáb 16.00, Dom 19.00. 7€

  • Santa Catarina

Alberto Cortés, um dos grandes artistas espanhóis do momento, traz Analphabet ao Rivoli uma peça que procura explorar a sua história pessoal e “abrir uma caixa de violência intra-género, expondo a necessidade de cuidados extremos nas relações queer, marcadas pela herança patriarcal”.

Teatro Rivoli. 21-22 Mai. Qua-Qui 19.00. 9€

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  • Porto

Inspirada em Os Sete Pecados Mortais dos Pequenos Burgueses, de Bertolt Brecht, a peça segue a digressão de uma companhia de teatro, em que os artistas se vêem diariamente confrontados com os pecados mortais do mercado. O texto é de Pedro Fiúza e a encenação de Fernando Moreira, que conta com Ângela Marques na dramaturgia.

Teatro Carlos Alberto. 23-24 Mai. Sex 21.00 e Sáb 19.00. 12€

  • Porto

Sara Inês Gigante protagoniza esta peça, que parte da autoficção de que a própria pretende ser uma artista popular, desafiando os padrões do panorama cultural e do universo popular. Situando-se entre a biografia e a pesquisa, o espectáculo pretende conduzir ao questionamento de conceitos que pertencem à mesma família lexical da palavra "popular".

Teatro Campo Alegre. 24-25 Mai. Sáb 19.00, Dom 17.00. 7€

+ Ela é Gigante, mas quer ser popular

Outras sugestões

  • Coisas para fazer

A identidade genuína do Porto, que tende a desaparecer em zonas mais centrais da cidade, ainda está bem viva no Bonfim, onde o espírito de comunidade não só está de boa saúde como se recomenda. Entre restaurantes tradicionais, museus repletos de história e galerias de arte cheias de pinta, há muito para descobrir neste bairro. E agora que está a ficar mais pedonal, é ainda mais convidativo explorar a zona a pé, pelas ruas que preservam traços tradicionais da arquitectura urbanística e pelos refúgios no meio da natureza, como o Parque de Nova Sintra, com vista para o Douro.

  • Coisas para fazer
  • Aulas e workshops

Num mundo quase dominado pelos conteúdos digitais e pelo imediatismo, é normal que procuremos, cada vez mais, estar em contacto com o que nos é mais ancestral: a terra. Nestes seis ateliers de cerâmica (e não só) no Porto, longe dos estímulos, distracções e exigências constantes do quotidiano, atingir este objectivo torna-se mais fácil. Com tempo, dedicação e uma certa dose de paciência, até os menos habilidosos na arte de moldar o barro são capazes de voltar para casa com os pratos e copos do próximo jantar, ou com um presente diferente para surpreender alguém especial.

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