Este paraíso verde é um dos segredos mais bem guardados da zona. Também chamado Jardim das Águas, uma vez que abrange cerca de um terço das instalações das Águas do Porto – empresa municipal ali sediada desde 1927 –, tem fileiras de denso arvoredo, caminhos encantadores e uma vasta colecção de fontes e chafarizes. Esta é, talvez, a grande singularidade do parque, que acolheu as fontes da cidade entre 1930 e 1960, época em que o abastecimento da água passou a fazer-se através da canalização. Além de “cemitério de fontes”, é também uma varanda privilegiada para o rio Douro e um museu ao ar livre com esculturas de Irene Vilar e Julião Sarmento.
A identidade genuína do Porto, que começa a desaparecer em zonas mais centrais da cidade, ainda está bem viva no Bonfim. Com um forte espírito de comunidade e comércio de proximidade – agora, mais importantes do que nunca – há pequenos cafés e lojas, alguns dos mais tradicionais restaurantes da cidade, mas também espaços mais modernos de cozinha de autor. Com grandes impulsos criativos, em muito devido à Faculdade de Belas Artes e às galerias, há um roteiro artístico para descobrir no Bonfim. E agora que está a ficar cada vez mais pedonal, é ainda mais convidativo explorar a zona a pé, pelas ruas que preservam traços tradicionais da arquitectura urbanística e pelos refúgios no meio da natureza, como o Parque de Nova Sintra, com vista para o rio Douro.
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