12 sítios para comer peixe em Cascais

Está entre os restaurantes favoritos de muitos cascalenses – o chef José Avillez incluído –, por várias razões: a simpatia de quem recebe, a qualidade e frescura do peixe e marisco, a localização em frente ao mar. Uma ida à “Lourdes”, como é conhecida a casa de família, é imperativa, seja para picar umas bruxas, o marisco típico da zona, ou para comer uma das especialidades de peixe da casa.

No meio de vários restaurantes iguais no centro de Cascais destaca-se o Beira Mar, um templo da boa comida portuguesa, com a mesma gerência há mais de 40 anos. Aqui imperam as especialidades de peixe, sejam os bichos passados pela grelha ou assados no forno e sempre acompanhados com boas açordas ou arrozes. O que pedir? Linguado à delícia mar, pregado frito com açorda ou filetes de cherne ao caril. Os carnívoros ficam bem servidos com um comité de bifes excelentes.

Para uma vila tão virada para o turismo como Cascais, a oferta de restaurantes no centro fica um pouco aquém das expectativas. Escapam-se, porém, alguns exemplares como o antigo, mas sempre consistente Luzmar, uma espécie de cervejaria-marisqueira mais requintada.

Foram anos ao abandono, um mono à beira-mar, em plena estrada do Guincho. Foi palco de treinos ao ar livre, piqueniques e sessões fotográficas, mas também alvo de pichagens e vandalismo. O Raio Verde é hoje o Maré, restaurante de José Avillez. A carta aposta na contemporaneidade, homenageando ainda assim a tradição. Tanto se pode começar a refeição com um cone de atum com soja picante (13,50€/unidade) ou uma corvina marinada com cebola roxa e abacate (16€), como por umas tradicionais amêijoas à Bulhão Pato (26€) e umas bruxinhas de Cascais (30€). Há petiscos e saladas e pratos de grelha, mas com um twist. O robalo (35€), por exemplo, é servido fatiado com azeite, cebolinho e limão, tal como a corvina (33€). Para acompanhar, umas batatinhas a murro com azeite de alho e emulsão de kimchi (3,5€) ou uma fresca salada de tomate de temporada e orégãos (4€). 

Situado num dos jardins mais emblemáticos do centro de Cascais, é um daqueles restaurantes à moda antiga, bom para almoços de negócios ou para reuniões de família – são sempre as mesmas que se reúnem ali em datas especiais. Tem um famoso linguado de Cascais, uma igual mente famosa cataplana de marisco e uma perdiz à Visconde de chorar por mais.

A marca Monte Mar tem vindo a crescer ao longo dos anos, qual milagre da multiplicação (dos pães e) dos peixes. Mas o nosso preferido continua a ser o da Estrada do Guincho. De serviço irrepreensível à moda antiga, tem a melhor esplanada de Cascais, com as ondas a rebentar mesmo ao lado das mesas. A ementa é quilométrica, as sugestões do dia, idem, mas isso são só razões válidas para voltar lá sempre e provar coisas novas. Isto se conseguir resistir aos clássicos da casa: os filetes de pescada com arroz de berbigão, o creme de marisco e o linguado frito com açorda.

Mais um restaurante da ‘estrada do Guincho’ a merecer uma visita. E não, não se trata de falta de imaginação na hora de sugerir onde comer, apenas de querer recomendar o melhor da vila. Dotado de uma garrafeira incrível, talvez uma das melhores da Grande Lisboa, é uma escolha segura para comer peixe e mariscos frescos, enquanto se desfruta de uma belíssima vista para o mar. A casa tem os próprios viveiros, que podem ser visitados.

Vítor Sobral chegou em grande à Linha, ocupando parte do edifício da Docapesca, junto à Baía de Cascais. São cerca de dois mil metros quadrados, o seu maior projecto – e ainda falta uma esplanada, que terá capacidade para cerca de 200 lugares. O espaço é um, mas a Lota da Esquina engloba, na verdade, três conceitos: um restaurante de peixe (Mar), outro de carne (Terra) e um bar com espaço para dança. As cartas são aquelas que já conhecemos, mais novidade, menos novidade, de outros restaurantes de Vítor Sobral: olá, Peixaria da Esquina; olá, Talho da Esquina. Mais do que menu fixo, o chef está focado no produto.

Há quem conheça este restaurante como Casa dos Pescadores, o que diz bastante sobre o dito: o peixe vem directamente da lota e não podia ser mais fresco. Bom sítio para comer sardinhas nos meses de Verão, e todos os outros pescados na zona ao longo do ano, tem um simpático pátio abrigado para noites ventosas.

Todas as cidades têm as suas cantinas. Lugares onde se come acima da média e que nem sempre entram nos roteiros mais turísticos. O Vela Azul, há anos e anos a dar cartas na arte de trabalhar o peixe, é um desses casos. Fica escondido numa urbanização, mas de GPS vai-se lá parar sem enganos. E vale a pena, sobretudo para comer peixe fresco, feito na grelha, por mãos que já trabalham a matéria-prima há 30 anos. A especialidade são os filetes de garoupa com arroz de tomate, com fama merecida, mas há também peixe grelhado, saladinhas frias e sobremesas caseiras de comer e chorar por mais.

A qualidade do peixe e a localização em cima do mar, em pleno paredão, e ao lado da praia da Poça, em São João do Estoril, são talvez os maiores argumentos para lhe fazer uma visita. Pertencente ao avô do famoso surfista e campeão nacional em título, Vasco Ribeiro, o Snack Bar Surpresa, com uma ampla esplanada, é sempre um bom plano em dias de sol. Da enorme grelha, saem robalos e douradas escaladas, sargos e carapaus, bem como chocos, lulas ou sardinhas, quando é tempo delas. Independentemente da escolha, para acompanhar tem à disposição batatas e legumes cozidos, grelos salteados com azeite e alho, e salada. Não espere um serviço cuidado, nem um espaço instagramável. Espere peixe fresco, imperiais fresquíssimas e, quem sabe, um mergulho no mar mesmo ali em frente.