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O equipamento municipal pode acolher seis animais
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Como ajudar associações de animais em tempo de pandemia

Têm menos voluntários, menos doações e as adopções estão suspensas. Saiba como ajudar as associações e os animais que acolhem.

Escrito por
Bárbara Baltarejo
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A pandemia provocada pela Covid-19 trouxe muitas mudanças à vida das pessoas. O governo português aconselha o isolamento social e isso faz com que os cidadãos fiquem cada vez mais em casa. Ao mesmo tempo, o futuro incerto das empresas também deixou as pessoas mais inseguras financeiramente. As associações de animais já estão a sentir essa insegurança.

Em declarações à Time Out, a Associação Midas explicou o impacto desta situação. "Neste momento, há uma dificuldade em recebermos donativos em géneros, pois não pode haver deslocações. Financeiramente também está cada vez pior, porque as pessoas vivem na incerteza do futuro profissional e financeiro, logo, não doam", relata Lígia Andrade, a presidente da instituição.

Os processos de adopção também estão a sofrer os efeitos da crise. "Não há visitas ao abrigo neste momento e, se não damos animais, não acolhemos animais. O número de cães e gatos abandonados também vai disparar nos próximos tempos porque as recolhas estão suspensas", acrescentou. A este cenário junta-se ainda a redução do número de pessoas a trabalhar nos abrigos e a interrupção do voluntariado.

A situação descrita por Maria Teixeira Pinto, presidente da Animais de Rua, uma associação que se dedica essencialmente à esterilização de colónias de gatos e outros animais, é idêntica. "Temos 19 protocolos municipais em suspenso de Norte a Sul do país e Açores, com as esterilizações do nosso programa Capturar-Esterilizar-Devolver (CED) paradas. Isto significa que vão nascer milhares de animais nas ruas", conta.

Mas a associação não baixou os braços. "De momento estamos a prestar apoio alimentar a cuidadores de colónias idosos, infectados ou em quarentena/isolamento. São já cerca de 30 casos e sempre a crescer", descreve Maria Teixeira Pinto. Assim, as principais necessidades da associação são a ração, sobretudo de gato.

Sediada na Maia, a CãoViver também se adaptou à nova realidade, passando a trabalhar em serviços mínimos e suspendendo as adopções. "Apenas tratamos dos animais que temos no abrigo e normalmente vai uma pessoa de cada vez", conta Ana Ceriz, presidente da associação.

Saiba como pode ajudar estas associações de animais:

Associação Midas

Associação Midas

Uma forma de ajudar a Associação Midas é fazer um donativo monetário para ser usado em compras de comida para os animais ou em detergentes para limpar os abrigos, mas também para garantir "os pagamentos dos veterinários e dos funcionários, da água e luz", esclarece Lígia Andrade. Também pode inscrever-se como associado, comprar autocolantes solidários ou apadrinhar/amadrinhar um animal.

Animais de Rua

Animais de Rua

Para ajudar a Animais de Rua, pode deixar sacos de ração, especialmente para gatos, nas instalações da associação – no Norte estão no Porto, na Maia, em Matosinhos e em Vila Nova de Gaia. Maria Teixeira Pinto diz que, "em alternativa, pode ser feito um donativo para o NIB da Associação: PT50 0065 0921 0020 1240 0093 1 com envio do comprovativo ou dados da transferência para geral@animaisderua.org, indicando que se destina à aquisição de ração". Se quiser, pode também espreitar a loja online.

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Quinta das Águias
© João Saramago

Quinta das Águias

A Quinta das Águias é outra organização sem fins lucrativos a precisar de ajuda nesta fase. Este refúgio onde vivem mais de 130 animais em liberdade recebeu 23 gatos assilvestrados recentemente e está a pedir ajuda para comprar ração para animais como os cavalos, porcos, patos ou ovelhas. Se puder ajudar, as transferências podem ser feitas para a conta PT50 0010 0000 52441050001 71 e o comprovativo enviado para info@quintadasaguias.org. Aproveite para comprar o calendário e o livro sobre a Quinta das Águias.

CãoViver

CãoViver

De portas fechadas ao exterior, a solução encontrada pela CãoViver foi criar um "ponto de recolha para colmatar a falta de ração", como descreve a responsável pela organização. Fica na Maia, mas a morada é enviada por mensagem aos que estejam interessados em ajudar. Pode deixar ração e outros bens úteis ao tratamento dos animais. A par disto, pode ainda fazer doações monetárias para a conta PT50 0035 0429 00052823930 16 ou comprar na loja online.

Mais projectos solidários

  • Coisas para fazer
  • Vida urbana

As dificuldades causadas pela Covid-19 no dia-a-dia deram origem a uma série de iniciativas solidárias e comunitárias. Uma delas é a aplicação Quero Ajudar, que reúne uma equipa de voluntários disposta a simplificar a vida de quem está de quarentena ou tem problemas de mobilidade. Cuidar dos mais novos ou de animais de estimação, comprar bens essenciais, fornecer transporte para deslocações necessárias e prestar apoio psicológico são alguns dos serviços disponibilizados. No caso de necessidade, apenas precisa de descrever o seu pedido na aplicação, que o transmitirá à rede de voluntários para ser analisado, de modo a perceber se vai de encontro às suas normas de funcionamento. Terminada a análise, é estabelecida a ligação com quem o vai ajudar. Se não precisar de nada, mas quiser e tiver disponibilidade para facilitar a vida a alguém, pode sempre inscrever-se como voluntário. A aplicação permite ainda enviar uma mensagem ou doar bens essenciais a profissionais de saúde. Outra forma de amparar estas pessoas em serviço é através da plataforma online Acolhe um Herói, que tem por objectivo oferecer uma habitação a médicos e enfermeiros que estejam a participar no combate ao novo coronavírus. Quem tiver habitações vazias junto aos hospitais, que possa ceder a profissionais que as necessitem, deve preencher este formulário. A plataforma já acolheu 52 heróis e lançou uma versão internacional. + Covid-19: Saiba como ajudar e pedir ajuda + Universidade do Porto ajuda a fazer exercício

  • Coisas para fazer
  • Vida urbana

Por esta altura, já não precisamos de pedir para reforçar os cuidados básicos de higiene. Fique em casa, sempre que possível. Quanto mais depressa as pessoas se isolarem, mais rapidamente poderemos voltar à normalidade. Se tiver sintomas (febre, tosse ou cansaço) ou suspeitar estar infectado, deverá contactar a linha SNS24 através do 808 24 24 24. Numa altura que exige o melhor de cada um de nós, o país está a mobilizar-se para ajudar quem mais precisa. Neste momento de isolamento, estão a ser criadas redes de apoio de âmbito local e nacional. Podemos estar longe uns dos outros, mas estamos juntos. Conheça os projectos que estão a ajudar e saiba como pode também apoiar: A plataforma portuense U.DREAM envia mensagens de apoio aos grupos de risco e aos vários profissionais de saúde. Se quiser deixar a sua mensagem, basta preencher o formulário. A impressão e a entrega são da responsabilidade do projecto. As redes de vizinhança são importantes para ultrapassar momentos como este. Se não tiver sintomas, ofereça apoio aos seus vizinhos. A Impac'tu lançou um projecto para ajudar a fazer as compras e a entregá-las nas casas de idosos e de outros grupos de risco. Se puder, pode oferecer-se como voluntário. Se conhecer quem necessite deste apoio, envie um mail para portadeimpacto@gmail.com A iniciativa Vizinho Amigo quer ajudar as pessoas mais vulneráveis durante a quarentena em tarefas como ir às compras, à farmácia ou a passear o cão. Pode inscrever-se como voluntário. O grupo tem

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