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O céu de 2021: eventos astronómicos a não perder
Olhe para cima. Já viu como o céu está bonito? Estes são os eventos astronómicos a não perder em 2021.
Depois de um 2020 com actividade celestial modesta, é natural desejar-se um novo ano um pouco mais surpreendente. Tirando um eclipse anular do Sol em Junho, não vai ser o caso: os astroturistas, amadores e profissionais vão ter de se contentar com os poucos fenómenos previstos e lembrar-se que o que interessa é ver as estrelas a brilhar. É que, apesar do calendário astronómico para 2021 contar com fenómenos raros, a maior parte dos espectáculos não vão ser visíveis a partir de Portugal. De qualquer forma, para não perder pitada do que se vai passar lá em cima, espreite esta lista de eventos astronómicos e comece a pensar nos dias à janela, no jardim ou no terraço, a apreciar eclipses e chuvas de meteoros.
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Abril
Resíduos do cometa C/1861 G1 (Thatcher), a chuva de meteoros das Líridas ocorre todos os anos e desta vez será visível entre 14 e 30 de Abril. O pico máximo, com apenas 18 meteoros por hora, está previsto acontecer entre os dias 21 e 22. Mais tarde, a 27, o céu será agraciado com uma Super Lua, neste caso uma lua cheia que parecerá 14% maior e mais brilhante, por estar mais próxima da Terra.


Maio
Infelizmente o primeiro grande acontecimento astronómico do ano, o eclipse total de uma super lua cheia, a 26 de Maio, não será visível em Portugal. Mas ao menos há mais uma chuva de meteoros da Eta Aquáridas. Será visível no país até dia 28 e terá actividade máxima, com 40 meteoros por hora, entre os dias 4 e 5.


Junho
Previsto para 10 de Junho, o segundo grande evento do ano, um eclipse anular do Sol, vai ser visível em Portugal. O fenómeno, que terá início pelas 09.55 e só terminará pelas 11.28, ocorre quando a Lua passa em frente ao Sol, projectando a sua sombra sobre a superfície do planeta, mas sem tapar completamente o disco da nossa estrela.
Dez parques de campismo em Portugal para dormir à luz das estrelas
Quando pensamos em acampar, a indecisão ataca entre enumerar os lugares bonitos onde o podemos fazer e entrar em pânico com a parte chata de ter de o fazer, como termos de andar com o papel higiénico atrás ou demorarmos dias a lavar o pó do corpo. Mas a verdade é que passar férias num parque de campismo já não é o que era. Há cada vez mais e melhores opções. E são muitos os encantos em dormir no meio da natureza, do ar puro à oportunidade de adormecer com uma banda sonora natural. Desde parques dedicados ao ecoturismo até aos glampings, o difícil será escolher – se existir acesso directo à praia, melhor. Desligue-se do mundo nestes parques de campismo.
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Apps para descobrir o céu e fazer astroturismo à janela
Nem todos temos a sorte de viver na região do Alqueva, onde há uma média de mais de duas centenas de noites sem nuvens, perfeitas para apreciar o tecto natural da Terra em todo o seu esplendor. Mas mesmo na cidade é possível ver as estrelas. Nesta altura, não o queremos fora de casa, nem para ir à caça de constelações, mas se a paisagem da sua janela estiver desimpedida, for um sortudo com terraço em casa ou tiver um lindo jardim nas traseiras, desafiamo-lo a armar-se em astroturista. Basta recorrer à ajuda de uma destas apps para descobrir o céu.
É a maravilha da tecnologia: permite, de uma forma prática e divertida, encontrar estrelas, planetas, constelações, galáxias, satélites e tantos outros objectos celestes. Da mais básica à mais profissional, não há de certeza falta de aplicações disponíveis para ver (e saber o que não está a ver) no céu nocturno.
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Cientistas dizem que este é o melhor sítio do mundo para ver as estrelas
Se gosta de observar constelações cintilantes, luas cheias brilhantes e chuvas de meteoros no céu escuro da noite, pode-lhe interessar saber que os cientistas identificaram oficialmente o melhor lugar no mundo para observar as estrelas. O único problema? Não é exactamente fácil de lá chegar.
Dome Argus, ou Dome A, é o ponto mais alto da região do planalto central da Antártida, próximo ao Pólo Sul. Foi o local escolhido depois de uma equipa de cientistas estudar três locais diferentes na Antártida, para determinar qual era o melhor para se instalar com um telescópio, e descobriu que o Domo A era o lugar perfeito para observar as estrelas sem interferência de, bem, qualquer coisa.

Poluição luminosa não é propriamente uma questão naquela zona do planeta – mas os cientistas também descobriram que as estrelas acima do Dome A cintilam menos do que noutras partes do mundo. Porquê? O local está livre de um fenómeno chamado turbulência atmosférica que, de acordo com a LiveScience, ocorre quando o vento sopra num terreno irregular, criando "remoinhos turbulentos na atmosfera que podem distorcer a aparência da luz que chega à Terra, vinda de estrelas distantes". Menos turbulência significa melhores fotografias das estrelas.
Portanto, além de estrelas mais brilhantes e nítidas, que mais é que o Dome A tem a seu favor? Bem, nesta área, as noites polares podem durar 24 horas ou mais durante o Inverno, criando oportunidades muito mais longas para observar as estrelas do que em qualquer outro lugar do planeta.
Ficámos convencidos, mas, tendo em conta que a Antártida não está ao alcance de qualquer um, provavelmente teremos de continuar a ver as estrelas das nossas varandas, por agora.
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