A Time Out na sua caixa de entrada

Procurar
  1. 'EVERYNESS'
    © Denis KoonÇ Kuhnert'EVERYNESS'
  2. 'EVERYNESS'
    © Denis KoonÇ Kuhnert'EVERYNESS'
  3. 'EVERYNESS'
    © Denis KoonÇ Kuhnert'EVERYNESS'

GUIdance: Guimarães dança e balança

Robôs e astronautas, hip-hop e artes marciais, Mão Morta e David Bowie. A edição deste ano do GUIdance vai muito além da dança, num programa quase pleno de estreias. Conheça o cartaz do festival internacional de dança contemporânea da cidade berço

Escrito por
Ana Patrícia Silva
Publicidade

Contar histórias com o corpo, provocar e emocionar com os seus movimentos e transcender os padrões da arte. Por estas directrizes se rege o GUIdance, o festival de dança contemporânea que pertence a Guimarães, mas que é cada vez mais essencial no circuito nacional. Numa edição recheada de estreias, que começa a 7 de Fevereiro e termina a 16, a dança desobedece aos seus limites e cruza-se com outras áreas, como a música, o teatro e a robótica. Interessado? Já pode comprar os bilhetes aqui para esta nona edição. Cinco espectáculos à escolha ficam-lhe por 30€, quatro por 25€ e três por 20€. Aproveite.

Recomendado: Os melhores concertos no Porto em Fevereiro

GUIdance: Guimarães dança e balança

Victor Hugo Pontes
© José Caldeira

Victor Hugo Pontes

O coreógrafo vimaranense é o nome em destaque nesta edição. A ele cabe a honra de abrir o programa na quinta 7 com uma estreia. Drama prossegue a procura de uma nova linguagem artística entre a palavra e o movimento, em torno das fronteiras entre o teatro e a dança. O ponto de partida é Seis Personagens à Procura de Um Autor, do dramaturgo siciliano Luigi Pirandello, onde um ensaio de teatro é interrompido por seis pessoas que pedem que as suas vidas sejam encenadas. Victor Hugo Pontes apresenta ainda na quarta 13 uma remontagem de Fuga Sem Fim, onde propõe uma reflexão sobre a ideia de fuga e o acto criativo.

Estreias absolutas
© Helena Gonáalves

Estreias absolutas

São várias as peças que poderá ver aqui pela primeira vez. Além de Drama de Victor Hugo Pontes, um dos pontos altos desta edição acontecerá na sexta 8 com No Fim Era o Frio, um desafio lançado pelo festival aos Mão Morta e à coreógrafa Inês Jacques. Com música original dos Mão Morta e narrativa de Adolfo Luxúria Canibal, a banda mítica do rock português lança o cenário onde deambulam os corpos em movimentos imaginados pela coreógrafa. A criadora Maurícia | Neves mostra no sábado 9 a associação pouco óbvia entre as ideias de anestesia e movimento em anesthetize. A companhia Útero, de Miguel Moreira, apresenta na quinta 14 Fraternidade I + II (na foto), duas peças gémeas que questionam o que realmente quer dizer masculino e feminino. Na sexta 15, Lento e Largo, da dupla Jonas & Lander, aprofunda o interesse pela robótica enquanto elemento performativo. Os robôs que dançam contribuem para uma poética da alucinação, reclamando a ficção como espaço que desafia a racionalidade.

Publicidade
Estreias nacionais
© Hugo Glendinning

Estreias nacionais

Duas companhias estrangeiras mostram pela primeira vez em Portugal duas peças que estrearam em 2016. Em EVERYNESS (sábado 9), Honji Wang e Sébastien Ramirez desenvolveram uma linguagem que cruza hip-hop, ballet e artes marciais, num estilo de dança que procura desafiar a gravidade. À volta de uma enorme esfera branca, os bailarinos encarnam o espectro das relações humanas. O festival encerra em grande no sábado 16 com to a simple rock'n'roll… song (na foto) do iconoclasta da dança britânica Michael Clark. Em homenagem a três fontes de inspiração musical, a peça é dividida em três actos. O primeiro combina obras de piano de Erik Satie com movimentos que desconstroem o classicismo do ballet. No segundo, os corpos movem-se como esculturas em contraponto à poesia musical de Patti Smith. O último acto presta tributo a David Bowie – dançarinos em trajes prateados brilham e agitam-se como astronautas e robôs, reluzindo na excentricidade da música do camaleão. A não perder.

Crianças, conversas, debates, oficinas
© Joana Linda

Crianças, conversas, debates, oficinas

O programa desta edição cresceu com a inclusão de dois espectáculos pensados para as crianças: Um Ponto Que Dança (na foto) de Sara Anjo (sábado 9) e Oceano de Ainhoa Vidal (sábado 16), construído a partir da poesia imaginada das plantas e dos animais. As actividades paralelas do festival vão agregar público, artistas, escolas e pensadores. Pode participar em oficinas, debates, conversas pós-espectáculo, uma aula-conferência sobre a história da dança e masterclasses orientadas por Wang Ramirez e Michael Clark, uma boa oportunidade para um contacto privilegiado com conceituados criadores da dança contemporânea.

Centro Cultural Vila Flor, CIAJG e Fábrica ASA.
Preços: 7,50€ - 10€

Outras sugestões

  • Coisas para fazer

Nada melhor para descontrair do stress do dia-a-dia que abanar o capacete ao som de uma boa música, sozinho ou com amigos. Nesta lista encontra cinco sítios para dançar no Porto, com estilos que vão do merengue ao rock.

  • Dança

Dançar é, para muitos, uma forma de exercício físico, para outros é uma paixão, mas pode ser também uma forma de viajar pelo mundo e de ficar a saber mais sobre outras culturas. Por isso, vale a pena inscrever-se numa destas cinco escolas de dança para conhecer no Porto. Dos mais energéticos aos mais calmos, há estilos para todos os gostos e idades.

Publicidade
  • Coisas para fazer

Se acha que este mês é curto, então imagine depois de ver esta lista com as melhores coisas para fazer no Porto em Fevereiro, composta por mais de três dezenas de actividades que não vai querer perder. O melhor? Por aqui encontra de tudo, desde concertos - de nomes como António Zambujo, Luísa Sobral e Echo and The Bunnymen -, a workshops, espectáculos de teatro, festivais dedicados aos mais pequenos e exposições, pelo que não deve ser difícil arranjar algo que lhe agrade. Para conseguir tempo para tudo o que lhe interessa, talvez seja boa ideia começar agora mesmo a organizar a sua agenda.

Recomendado
    Também poderá gostar
    Também poderá gostar
    Publicidade