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Ana Pina
© João SaramagoConheço o ateliê da joalheira Ana Pina

No ateliê de... Tincal Lab

Ana Pina é a cara deste projecto com nova morada: um espaço pensado para expor o trabalho geométrico e minimal desta joalheira, mas também o de outros autores.

Escrito por
Margarida Ribeiro
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Há sete anos que Ana Pina se dedica à joalharia. A arquitecta começou por trabalhar em casa, foi investindo em ferramentas e maquinaria, até que um dia sentiu a necessidade de começar a partilhar o seu espaço com outras pessoas. Foi então que se mudou para um segundo andar na Rua de Cedofeita, em 2015, onde nasceu o Tincal Lab, um misto de local de trabalho e de exposição. Para que a situação se tornasse mais sustentável, criou um cowork com quatro mesas de trabalho. Uma para ela e as restantes para quem as quisesse ocupar pontual ou mensalmente.

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No ateliê de... Tincal Lab

© João Saramago

O conceito continua a ser o mesmo até hoje, a única diferença é que em Dezembro o Tincal Lab trocou de morada e foi para o Centro Comercial Bombarda, onde a criatividade fervilha. Agora, Ana partilha, permanentemente, o seu espaço com Olga Marques. Além do trabalho destas duas joalheiras, no Tincal Lab também vai encontrar peças de outros autores e pode ainda participar em workshops pontuais dados por joalheiros convidados.

A arquitectura “é uma fonte de inspiração directa ou indirectamente. Está sempre presente no meu trabalho”, explica Ana Pina, que tem uma marca de jóias em prata, em nome próprio. As peças primam pela geometria e pelo minimalismo e estão à venda na loja e online. Os preços começam nos 40€ e podem ir até aos 150€.

Um dos projectos mais importantes deste ateliê é o Tincal Lab Challenge, que existe desde a sua formação. O desafio é anual e internacional e põe à prova vários joalheiros, que têm de criar peças com um valor máximo de 100€. As peças seleccionadas são expostas e o desafio tem dois vencedores, um do público e outro do júri.

O concurso tem uma temática diferente todos os anos. Em 2018 o tema foi tecnologia, o deste ano ainda é segredo.

No ateliê de... Tincal Lab

Ferramentas
© João Saramago

Ferramentas

“Utilizo estas três ferramentas quando estou a fazer um anel, que é uma peça de joalharia que me dá gosto criar e é a que mais gosto de usar. As duas ferramentas das pontas servem para medir o tamanho do anel. A que está no meio é utilizada para a execução do anel propriamente dito. Ajuda a moldar a peça com o tamanho certo”, explica Ana.

Anel Ana Pina
© João Saramago

Anel Ana Pina

“Esta peça já tem dois ou três anos, mas é muito marcante por ser muito arquitectónica. É quase um símbolo do meu estilo. É feita em prata oxidada, por isso é que tem este tom mais escuro. Poderia ser uma simples peça de prata, mas é tridimensional. É inspirada em elementos estruturais que se usam na arquitectura e na Torre Burgo do Souto de Moura.”

À venda na loja por 100€ 

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Tincal
© João Saramago

Tincal

O conteúdo deste frasco foi o elemento essencial para a escolha do nome deste ateliê/loja.“Na área da joalharia, tincal é uma palavra muito familiar. É o nome que se dá a este líquido verde fluorescente que é usado durante o processo de soldagem do metal. Como estava à procura de algo fácil de dizer e que os joalheiros reconhecessem facilmente, considerei que era o nome perfeito.”

Pendete/Broche
© João Saramago

Pendete/Broche

A vencedora do prémio do júri do Tincal Lab Challenge de 2018 foi a romena Cleopatra Cosulet. A artista apresentou peças “feitas em resina misturada com pigmentos termocromáticos que reagem à mudança de temperatura”, ou seja, se estiverem expostas ao sol ou a outra fonte de calor, o tom muda para um mais vivo.

Preço: 100€ 

Mais ateliês para conhecer

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A teimosia de Sílvia Silva e de Filipa Torres foi o elemento catalisador para a existência deste ateliê. A amizade destas duas artistas plásticas vem da adolescência, quando ambas frequentavam a Escola Artística Soares dos Reis. 

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  • Coisas para fazer

Ao entrar na Grow Creativity, em Cedofeita, deparamo-nos com uma grandiosa escadaria que nos transporta para o tempo em que Portugal ainda tinha reis e rainhas. Degrau a degrau, vamos descobrindo os detalhes, desde a clarabóia até aos tectos em talha dourada. 

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