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O Comum quer ser um café como os outros

O novo café de Cedofeita, com sandes e café de especialidade, prima pela simplicidade e convívio.

Escrito por
Adriana Pinto
Comum Porto
© DR
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E se o seu café típico e local servisse café de especialidade? Depois de muito planeamento e deliberação, os donos da Senzu Coffee Roasters puseram o desafio em prática. No final de Maio, nasceu o Comum.

“O mercado quer conceitos. Nós preferimos pessoas”, assim se anunciou o novo café da rua de Cedofeita, idealizado por Gianpiero Zignoni, Diogo Amorim, David Coelho e Zé Miguel, sócios na Senzu e, agora, novamente juntos nesta aventura. Depois de vários anos a alimentar o ecossistema de café de especialidade portuense, os quatro pensaram: “E se abríssemos o nosso próprio espaço, numa espécie de showroom?” No Comum, o café existe, claro, e é delicioso, mas não é o único destaque, “nem queremos que seja”, admite Gianpiero, ou Gio, um dos responsáveis, “o nosso objectivo é aproximar as pessoas do café de especialidade, só que casualmente”.

Num mar de locais mais direcionados ao turismo, a equipa soube, desde logo, que o Comum assentaria na tradição portuguesa de ir ao café. “Queremos ser um ponto de encontro para amigos, colegas e parceiros. A história da Senzu assenta muito nas colaborações e achámos que o nosso espaço deveria espelhar isso”, continua Gio.

Comum Porto
© DR

Colaborações essas que se reflectem igualmente na carta. A cozinha deste histórico espaço, onde em tempos funcionou a Padaria Nacional — cuja fachada foi mantida —, é pequena, pelo que não havia muito por onde inventar. A ideia das sandes chegou facilmente à equipa, devido à sua apreciação e proximidade ao pão, que vão buscar a vários dos seus parceiros Senzu, quase em regime de simbiose.

De olho na sazonalidade dos ingredientes — “vamos sempre fazer ajustes aqui e ali”, diz Gianpiero —, a base das sandes, o grande destaque do menu, manter-se-á. Pensada para o pequeno-almoço e disponível apenas até às 12.00, a sandes de húmus (8€) em pão de massa mãe, com abacate e tahini de leite de coco e ervas, tem-se provado um verdadeiro sucesso, já que na sua compra o café batch brew é oferta.

“As pessoas adoram ovo”, revela Diogo Amorim, outro dos sócios, enquanto nos fala da sandes de ovos mexidos (8€). Também em pão massa mãe, vem com cogumelos salteados, aioli de sriracha, rúcula e sésamo. Já para os amantes do mar, há uma espécie de primo do lobster roll. A sandes camarão & bacon (12,50€) chega-nos em pão brioche, recheada com camarão grelhado, bacon, maionese de ovo e sriracha, pesto, labneh e alface.

E se os planos para as férias não incluem Itália, não se preocupe porque a bella mortadela (10,50€), servida em focaccia e recheada de mortadela de Bologna, pesto de pistachio, queijo da Serra cremoso e rúcula, vai transportá-lo directamente para as estreitas e coloridas ruas italianas.

A última opção, totalmente vegan, a tofu (9,5€), também se apresenta em focaccia, com tofu caramelizado em miso, abacate, sweet chili de amendoim e chucrute. “Adoro quando as pessoas ficam, por exemplo, com o bigode de beber um cappuccino e o equivalente a isso com as sandes é vê-las a sujar as mãos e ficar com molho no queixo ou na bochecha. Queremos ser um sítio assim, relaxado e acessível, onde os clientes se encontrem e estejam à vontade”, conta-nos Gianpiero.

Comum Porto
© DRA decoração do espaço é baseada na torrefação do café

Se prefere algo mais simples, há torradas (2,20€) com compota e “not ella” caseiras, manteiga, trufa e mel ou manteiga salgada (extras a 1,50€). Além destes, o Comum apresenta um “menu que muda de vez em quando” (normalmente de duas em duas semanas), que inclui uma sopa (2,70€), um prato principal (10€) — que, nesta altura, era composto por arroz de coco com camarão ou cogumelos —, e uma sandes alternativa (9,50€).

“A Senzu é café e outras coisas; o Comum é tudo o que vai além do café” é a “frase feita” que os sócios não adoram, mas que “acaba por ser verdade”. Além dos pedidos regulares, como o espresso (1,50€) e o cappuccino (3€), há popcorn latte (4,30€) feito com xarope de pipoca caseiro, cold brew (3,50€) e espresso tónico (4,2€0). Fora do café, destacam-se a bebida de matcha sazonal (4,50€), a soda caseira sazonal (3,50€) e o chai latte (3,60€).

Se o objectivo não for almoçar, a vitrine do Comum tem vários docinhos caseiros prontos a serem devorados, que variam de dia para dia e vão dos croissants, aos pastéis de nata, passando pelos maritozzos, pelos rolinhos de canela, pelas tartes e pelos bolos. Pode desfrutar deles na sala interior, decorada com objectos ligados à torrefação do café ou, então, na espaçosa esplanada nas traseiras.

R. de Cedofeita 253. 933 132 633. Qui-Seg 9.00-17.00

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