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O melhor do segundo dia do Portugal Fashion SS19

Escrito por
Margarida Ribeiro
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O segundo dia da 43ª edição do Portugal Fashion trouxe estreias, regressos e nomes já bem conhecidos do público português. Ontem, as apresentações dividiram-se entre o Salão Nobre e a Sala Poente da Alfândega do Porto

O dia começou com uma estreia: a apresentação da mais recente linha da marca de calçado e acessórios CF Cristina, na Sala Poente. Mas esta não foi a única novidade, Sara Maia, jovem criadora do Bloom, apresentou pela primeira vez as suas propostas na passerelle principal do Portugal Fashion. O ponto de partida para a colecção foram as redes de pesca, depois disso, decidiu ainda recriar alguns clássicos do vestuário masculino. Apesar de usualmente fazer womenswear, a designer considera que esta colecção poderá servir para ambos os sexos.

Logo a seguir foi a vez de Nycole apresentar, também pela primeira vez, na passerelle principal do evento. As propostas da designer, tal como já tinha revelado à Time Out, são o resultado da conjugação de dois mundos: o beisebol e a música dos Led Zepplin. A temática traduziu-se em peças oversized com sobreposições e riscas. 

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Proposta de Sara Maia para a estação quente

Para Inês Torcato e David Catalán, ex-bloomers, a passerelle já não é uma novidade. A primeira propõe, para a próxima estação quente, assimetrias e desconstruções, utilizando tons neutros e silhuetas simples. Já o espanhol apresentou uma colecção inspirada nos anos 50 e na figura de Elvis Presley e na da sua personagem em King Creole. Numa colecção dominada por camisas, há ainda espaço para várias peças desportivas, camisolas sem manga e malhas. 

O tão aguardado regresso de Maria Cristina Lopes aconteceu ontem. Há cinco anos que a designer não apresentava no Portugal Fashion. As suas propostas foram recebidas com muita alegria e aplausos pelo público. Para Construção, nome que deu à sua colecção, usou processos manuais e tradicionais, como o croché e o patchwork. As cores da Primavera/Verão de Maria Gambina são o preto, o branco, o vermelho, o azul, o laranja, o amarelo e o bege. Os estampados utilizados nas t-shirts, com a sinalética de obras, foram feitos a pensar na música Stop in the Name of Love, das Supremes.

Aquarella, de Carlos Gil, trouxe cor, vida e muito brilho à Sala Poente da Alfândega do Porto. Uma colecção com vestidos (mini e compridos) fluidos, mangas volumosas e cortes elegantes feitos em tecidos como seda, organza, crepe e lantejoulas. O nome da colecção surgiu, não só por ser uma técnica que aprecia, mas também porque o designer quis transportar para a passerelle a leveza da silhueta feminina.

Para a sua colecção Carlos Gil aplicou franjas em várias peças
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O dia também foi de estreia para Sophia Kah, que participou pela primeira no Portugal Fashion. A designer apresentou a colecção Homenagem a Portugal, inspirada nas paisagens dos grandes pinhais selvagens e nas praias de surfistas. Utilizou técnicas de bordados regionais, deu uso a camadas de renda, bordados e tons coloridos. Todas as peças foram feitas à mão no Porto, local onde nasceu Ana Teixeira de Sousa, fundadora da marca. 

Diogo Miranda já apresenta no Portugal Fashion há 11 anos, por isso, está em casa. Para a sua colecção de Primavera/Verão inspirou-se no trabalho do fotógrafo do século XX, Irving Penn, que produziu uma série de fotos que modificaram o conceito tradicional de beleza. O resultado? Uma colecção com linhas femininas e etéreas. O designer não poupou nos tecidos e utilizou vários, desde tafetá de seda e crepe, até ao linho. Nas peças podem ser encontradas mangas volumosas, pernas expostas, cortes assimétricos e decotes profundos. Tudo em tons nude, rosa, amarelo, azul, roxo, preto e bordô.  

Cores nude foram das mais utilizadas por Diogo Miranda
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Miguel Vieira, que está a celebrar 30 anos de carreira, encerrou o dia. O designer, conhecido por apostar muito nos pretos e nos brancos, decidiu trocar-nos as voltas e fazer uma colecção inspirada na Pop Art, o movimento artístico que surgiu na década de 1950 em Inglaterra, e nas ilustrações vintage. Cores primárias e estampados combinados com alfaiataria, deram origem a um conceito que o designer chama de streetwear couture

O Portugal Fashion também recebeu os desfiles de Estelita Mendonça, Hugo Costa e Micaela Oliveira. O evento termina amanhã com as propostas de Marques'Almeida, Nuno Baltazar, Luís Buchinho, entre outros. Além disso, no dia em que o calçado vai estar em destaque estão também marcadas apresentações da Fly London, The Baron's Cage e Luís Onofre.

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