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A arquitectura abre as portas à cidade e, desta vez, traz ainda mais visitas nocturnas, várias actividades para todas as idades e novos espaços para conhecer de forma gratuita, entre os dias 5 e 6 de Julho. Na décima edição do Open House Porto há mais de 70 espaços para percorrer no Porto, Vila Nova de Gaia, Matosinhos e Maia, incluindo edifícios emblemáticos e habitualmente inacessíveis ao público.
Nesta edição, que contou com a curadoria da Casa da Arquitectura, o programa revisita os espaços mais marcantes e mais procurados pelo público nas últimas nove edições, através de visitas livres, acompanhadas por voluntários ou comentadas por especialistas, mas apresenta também novos espaços, incluindo projectos que foram concluídos nos últimos cinco anos.
Na lista dos 72 espaços estão locais como a Quinta dos Cónegos, a Casa de Chá da Boa Nova, a Antiga Refinaria de Matosinhos, o Museu da Memória de Matosinhos, a Ala Álvaro Siza (em Serralves), o Museu de Arte Sacra e Arqueologia, o Centro Português de Fotografia, as Caves Cockburn's e a Ponte de São João.
“É uma edição muito festiva, porque comemoramos também mais de 200 mil visitas nas nove edições anteriores”, sublinha à Time Out Nuno Sampaio, director da Casa da Arquitectura. As visitas nocturnas são um dos destaques deste evento, sendo que este ano vai ser possível visitar durante a noite espaços como a Piscina das Marés (até às 21.00), o Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões (até às 20.00), a Casa Roberto Ivens (até às 22.30), o Espaço Corpus Christi (até às 22.00), o Cemitério do Prado do Repouso (até às 21.00) e ainda a Livraria Lello, que tem visitas acompanhadas até às 23.30. Já no Monte da Lapa, reabilitado pelo projecto de Álvaro Siza Vieira e do Atelier Pedra Líquida, vai poder contemplar o pôr-do-sol, no sábado, entre as 19.00 e as 21.00.
O Open House Porto tem ainda no programa visitas a novos espaços, como as infraestruturas da Lipor, com visitas comentadas mediante marcação, e ainda diversos espaços de habitação que abrem as suas portas nestes dois dias. As visitas inclusivas estão também de volta e este ano há algumas feitas em inglês. "Entendemos que a arquitectura contemporânea portuguesa é um activo turístico estratégico e tentamos não concentrar ou tirar as pessoas daquela bolha dos dois quilómetros quadrados que é o centro do Porto e ajudá-los a levar a Gaia, a Matosinhos, à Maia e a outras áreas do Porto”, sublinha Nuno Sampaio.
O acesso democrático à arquitectura
Uma das novidades desta décima edição do Open House Porto é a estreia da actividade “Open Office”, onde o público vai poder conhecer mais de perto a realidade dos arquitectos e da sua profissão. No dia 5 de Julho, entre as 18.00 e as 20.00, quatro ateliês de arquitectura, um de cada cidade, abrem as suas portas para receber visitantes. Além de conhecer os espaços de trabalho, os visitantes vão poder assistir a apresentações onde os arquitectos falam do seu processo criativo, dos projectos que estão a desenvolver, dos desafios que enfrentam e do impacto que o que constroem tem nas nossas cidades.
O programa completo do evento pode ser consultado online e os visitantes podem organizar o seu próprio roteiro por temas, estilos, tipologias e cronologias arquitectónicas, sendo grande parte das visitas sem marcação e feitas por ordem de chegada.
“Tem sido uma actividade muito feliz, que tem despertado nos diversos públicos – dos mais velhos aos mais novos e às famílias. A Casa da Arquitetura tem conseguido abrir da forma mais democrática possível o acesso à arquitectura e isto teve também resultados depois na prática, no dia-a-dia”, refere Nuno Sampaio, acrescentando que, no total, o evento já contou com mais de 200 mil visitas, 2000 voluntários e 700 especialistas, desde arquitectos a engenheiros e proprietários.
Porto, Gaia, Matosinhos e Maia. 5-6 Jul, Sáb-Dom. Entrada livre
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