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Things Fall Apart

  • Arte, Suporte misto
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A Time Out diz

A política está na ordem do dia. A nova exposição da Galeria Avenida da Índia traz a Lisboa o olhar de mais de uma dezena de artistas e cineastas sobre as relações entre África e a União Soviética, no contexto pós-colonialista do século XX. Como não podia deixar de ser, o tema é introduzido com uma boa dose de acervo documental. O presidente Tito é a figura central de parte da exposição. Afinal, o Movimento dos Países Não Alinhados também entra nesta história e, à parte do gosto pelo cinema, foi aí que o dirigente jugoslavo se fez notar.

Mas é no continente africano que esta “Things Fall Apart”, com curadoria de Mark Nash, foca as atenções. Ângela Ferreira volta a mostrar os seus Monuments in Reverse, peças com projecções em torno do trabalho de Jean Rouch e Jean-Luc Godard em Moçambique. O britânico Isaac Julien trouxe alguns dos seus grandes formatos. São fotografias do Burkina Faso em que a arquitectura releva uma das indústrias cinematográficas mais relevantes de África.

No final da exposição, o apelo visual de Paulo Kapela fala mais alto. As colagens do artista angolano remetem para os heróis da libertação e para o trabalho de outros artistas, mas também para grandes gigantes da sociedade de consumo ocidental. Uma linguagem próxima de uma estética pop que revela novos elementos, à medida que nos aproximamos dos quadros.

Mauro Gonçalves
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Mauro Gonçalves

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