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Foi hoje apresentada a temporada 2017/18 do Teatro Nacional D. Maria II (TNDMII). De William Shakespeare a Máximo Gorki, entre o clássico e o contemporâneo, há 35 espectáculos e uma infinidade de actividades paralelas, num orçamento de um milhão e cem mil euros
“Custa-me a crer que o trabalho da equipa do TNDMII se possa resumir em oito páginas, como me custa a crer que todos os espectáculos se resumam nessas oito páginas”. As palavras são de Tiago Rodrigues, director artístico, perante um folheto de oito páginas com os pontos centrais da nova temporada do TNDMII. São 35 novos espectáculos, nos quais 21 são estreias absolutas e “que, portanto, são promessas, são espetáculos que ainda não existem”, acrescenta.
Dito isto, passemos então os olhos pelos maiores que aqui estão presentes. De 16 de Setembro a 15 de Outubro, os Primeiros Sintomas ocupam a Sala Garrett para apresentar Lear, encenação de Bruno Bravo a partir de William Shakespeare e da sua obra King Lear.
Novembro é um mês em grande no TNDMII. De 2 a 19 de Novembro podemos ver Sopro, texto e encenação de Tiago Rodrigues, que fala sobre uma eventual tragédia onde tudo cai no teatro e só sobra o ponto. Ponto esse que há três décadas é o mesmo aqui nestes corredores. Falamos de Cristina Vidal, figura história desta instituição e que vai estar em palco pela primeira vez. Sopro estreia-se no Festival de Avignon daqui a duas semanas e é co-produzido por inúmeros festivais e companhias europeias por onde fará digressão.
A 23 e 24 de Novembro dá-se outro dos grandes destaques da temporada, com Battlefield, que o lendário realizador e dramaturgo inglês Peter Brook encena, numa iniciativa em parceria com o LEFFEST – Lisbon & Sintra Film Festival.
Nos primeiros dois dias de Dezembro acontece o regresso do iraniano Amir Reza Koohestani, que em 2016 já havia estado na Sala Garrett a apresentar Ivanov e que regressa para Hearing. Já em 2018, os Artistas Unidos voltam ao TNDMII para O Grande Dia da Batalha, encenação de Jorge Silva Melo que parte do Albergue Nocturno, de Máximo Gorki.
Há ainda: leituras encenadas, oficinas de escrita, ciclos com especial foco para o teatro português (como é exemplo o “Ciclo Portugal em Vias de Extinção”). O TNDMII nunca esteve tão perto da população.