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Amamos & Odiamos – Especial Chiado

Escrito por
Mariana Correia de Barros
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Na semana em que dedicámos o tema de capa ao Chiado, quisemos destilar o nosso amor e ódio pelo coração do cidade.

 

Amamos

Ver as montras da Hermés, sempre feitas por artistas locais;

A carrinha do fado, que mesmo sendo o maior cliché turístico, faz da Rua do Carmo a única rua da cidade com música própria;

Comer ovos verdes e ver o Tejo no terraço da Cantina das Freiras;

A vista rio de quem desce a Rua da Misericórdia – e continua caminho fora pelo Alecrim abaixo;

Os croissants da Bénard servidos com faca e garfo;

Encontrar sempre alguém conhecido na Rua Garrett;

Que existam geladarias em várias esquinas;

Que o único bolo com nome do bairro, o Chiado, da Tartine, uma verdadeira delícia;

O primeiro dia de saldos;

As flores do lado de fora da porta do Pequeno Jardim;

Que Tous tenha mantido a fachada e a traça da Ourivesaria Aliança;

O Parque do Carmo, por nunca ter fila para entrar e ter sempre lugares nos andares de baixo;

Poder tomar um café na Louie Louie, depois de encher um saco com álbuns ou filmes usados;

A programação musical, as visitas guiadas e os eventos ao ar livre do Teatro Nacional de São Carlos;

As histórias de fantasmas que os alunos de Belas Artes contam – consta que a faculdade foi construída sob um cemitério;

As vizinhas Igreja da Encarnação e a Igreja do Loreto, separadas por poucos metros de distância; 

A Feira dos Alfarrabistas do Chiado, aos sábados;

O desenho da calçada do Largo do Chiado visto de cima (a loja da Benetton é um bom sítio para ver);

A vista das mesas do restaurante Sushicorner nos Armazéns do Chiado. Até nos esquecemos que estamos a comer fast food.

 

 

Odiamos

A quantidade de causas humanitárias a que temos de dizer não quando subimos a Rua do Carmo:

Ter de esperar na fila do Santini – experimentem ir à loja do Museu dos Coches;

Que continuem a poder circular e sobretudo estacionar carros na Rua Garrett;

A falta de sítios para comprar tabaco, sobretudo à noite (sobra pouco mais que a Brasileira e é preciso esperar que desbloqueiem a máquina);

Subir a Rua do Alecrim – se tivermos ido ao ginásio no dia antes, ui...;

Os senhores que vendem louro prensado na rua;

O preço das rendas;

O cruzamento, semáforo e passadeiras entre o Largo do Chiado e o Largo Camões;

As escadinhas da estátua do Camões estarem sempre todas sujas, nem dá para uma pessoa se sentar;

O facto de as lojas fecharem as 20.00 (é muito cedoooo!);

O caos que é o foodcourt dos Armazéns do Chiado, sobretudo ao almoço;

Não conseguir sair do Parque da Estacionamento da Rua da Misericórdia sem riscar o carro;

Os vendedores de rua a atirar para o céu aqueles brinquedinhos que chiam e que podem acertar nas nossas cabeças (apesar de, na verdade, nunca acertarem);

Que o passeio da Rua Garrett seja tão escorregadio, em especial na zona mais íngreme;

Que haja tão poucas caixas multibanco;

Decorações natalícias precoces;

Que o elevador de acesso aos Terraços do Carmo nunca funcione;

Apanhar as escadas do metro paradas.

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