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Aqui, o feijão é rei

Escrito por
Inês Garcia
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Conhece os tradicionais pastéis de feijão de Torres Vedras? Este também é da região mas é “um pastel moderno”. A criação é do chef António Amorim (do Pão à Mesa, no Príncipe Real) e é o doce da casa na nova Fábrica Pastel Feijão, em Alfama.

A maior diferença é o aspecto, a segunda é o sabor. “Eu sou do Norte, e no Porto, por exemplo, há uns pastéis que nem feijão levam”, conta o chef. Criou esta receita em 2009, para o concurso Chefe Cozinheiro do Ano, depois de correr as capelinhas todas de Torres Vedras e ter provado “uns 14”. “Mas era sempre a mesma textura, sempre o mesmo aspecto, uns mais doces, outros mais crocantes, mas todos mais ou menos iguais.”

O seu é feito com puré de feijão manteiga, amêndoa e ovos. Não leva farinha nem leite e é molhadinho q.b., com uma massa caramelizada por cima (cada um custa 2,50€). Os turistas que por ali passam, e são bastantes ou não estivesse no coração de Alfama, ficam sempre surpreendidos com a história do feijão como ingrediente principal.

Este pastel começou por estar à venda no Restaurante A, em Torres Vedras, e acompanhava com uma bola de gelado ou com frutos vermelhos. Mas sempre que o chefe de sala o recomendava para terminar a refeição, “faziam logo careta”. “Ninguém associa o pastel de feijão a uma sobremesa, é como o pastel de nata”, lamenta o chef, que quis elevar o pastel que toda a gente conhece como “um doce pobre”. Registou a receita em 2014 e chegou ao pódio do Festival do Feijão de Torres Vedras no mesmo ano. A combinação perfeita, diz o chef, é com um copo de Bonifácio, um vinho que tem em exclusivo nesta sua Fábrica, com uma colheita “quase” tardia, de Novembro. “Com um copinho gelado, tira completamente o açúcar, é o ideal.”

Rua dos Remédios, 33 (Alfama). Seg-Dom 09.00-19.00.

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