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E o Booker Prize vai para...George Saunders

Escrito por
Maria Ramos Silva
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"Lincoln no Bardo", editado em Junho pela Relógio d'Água, valeu o galardão ao escritor norte-americano. A notícia chegou de Londres e trouxe consigo 50 mil libras para o grande vencedor.  

Depois de várias short stories, George Saunders (Amarillo, Texas, 1958) estreou-se no romance, e a estreia valeu desde logo o destaque na lista alargada de candidatos ao prestigiado Man Booker Prize. Mais tarde, o elenco de possíveis laureados encurtou - a peneira deixou passar cinco nomes, aqueles que figuraram na short list do troféu. Por fim, pouco antes das dez da noite desta terça-feira, "Lincoln no Bardo" levava a melhor. 

Para trás o autor norte-americano deixava nomes como Fiona Mozley, Mohsin Hamid, Ali Smith, Paul Auster, e Emily Fridlund. E se não se comover com a original história, situada numa só noite num cemitério, enquanto o presidente Lincoln mergulha na depressão, na ressaca da morte do seu filho Willie, e assombrado por um coro de vozes que sustentam uma narrativa muito pouco ortodoxa, então é caso para rever os seus níveis de humanidade. Em poucas palavras, é favor de ler. 

Há muito mais a desvendar para lá desta trama, explorada a partir de um episódio real, passado em 1862, em Washington DC, e da alusão à inevitabilidade do fim. Entre o cardápio completo de nomeados, não faltam sugestões traduzidas em língua portuguesa para por a leitura em dia, e A Estrada Subterrânea, de Colson Whitehead, é so uma das mais recentes, com selo da Alfaguara. Mas há mais. É o caso de 4 3 2 1, de Paul Auster (EUA); O Ministério da Felicidade Suprema, de Arundhati Roy (Índia); Dias Sem Fim, de Sebastian Barry (Irlanda); Outono, de Ali Smith (Reino Unido); e Swing Time, da britânica Zadie Smith.

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