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Está na hora do Vitinho, outra vez

Escrito por
Maria Ramos Silva
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Dificuldades em pôr os miúdos a dormir? Inspire-se num clássico dos anos 80. Estas edições da D. Quixote contam tudo sobre como nasceu e cresceu "o grande mito da geração Vitinho" e apostam no lado didáctico.

O menino de jardineira, monograma e chapéu está de volta. Hoje é um ilustre trintão, que já não precisa de ajuda para ir para a cama, mas tem tudo para ser o braço-direito dos que entretanto foram pais. Desenvolver rotinas saudáveis como "deitar cedo e dormir o necessário" ("nove, nove e meia o mais tardar", dir-nos-ão a páginas tantas) ou lições de "autonomia e confiança" são dois dos volumes da nova série lançada pela D. Quixote, uma edição educativa feita por medida para os mais novos. Um Dia eu Vou ser Grande e É a Dormir que se Cresce! são os títulos que chegaram esta semana às livrarias e recuperam o saudoso Vitinho. 

E se há coisas que não mudam, como os truques para levar os miúdos até ao vale dos lençóis, outras referências nas tramas actuais ilustram a passagem das gerações. "Olha ali em cima um drone espião!", observa o nosso pequeno herói no dia em que sobe para cima da mesa em busca de uma serpentina dourada, suspirando ser grande como os adultos. 

As memórias do célebre bloco transmitido anos a fio pela RTP1 na década de 80, que embalou meninos e meninas da geração Y, desfilam ainda por O Grande Livro do Vitinho, uma edição paralela, em formato de álbum de capa dura, ao longo do qual o escritor e ilustrador José Maria Pimentel, autor da personagem, explica todo o processo de concepção e crescimento do boneco.  

A história começou num serão de trabalho, num papel vegetal, em resposta a um desafio de uma campanha para uma marca de cereais. De temperamento que se foi aproximando do de Huckleberry Finn, o eterno companheiro de aventuras de Tom Sawyer, Vitinho recebeu ainda ares da filha do autor, Ágata, então com dois anos. 

José Maria Pimentel

A verdade é que Vitinho viveu muito para lá das embalagens da Miluvit onde brilhava, de braços abertos, bem amarelinho e com o seu ar campestre. Ainda se lembra dos mini-flippers e dos moldes de escantilhão? E da voz de Isabel Campelo a animar a letra de João Mendes Martins e a música de José Calvário no famoso hino "Boa noite, Vitinho", que se estreava na TV a 16 de Outubro de 1986? Pois bem, a máquina do tempo tem 131 páginas e está à sua espera. Aproveite para rever a matéria toda quando as crianças estiverem a dormir.

+ Letra miudinha. Livros para entreter os miúdos no fim-de-semana 

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