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Chama-se Olissipo Bath e fica na Rua do Telhal. Pequena, mas limpa e com boas instalações, diz quem lá foi. Falámos com o dono, que anda nisto das saunas há 30 anos
Em 1988, Carlos Barbosa fugia de casa, em Amarante, para procurar trabalho em Lisboa. “Sabia que uma pessoa da minha terra tinha uma sauna e fui ter com ele”, conta. “Conhecia a minha família, mas era trabalho. Essa pessoa deitou-me a mão e comecei a trabalhar para ele. Foram 19 anos.” O primeiro trabalho de Carlos foi na primeira sauna gay de Lisboa, a Spartacus, na Rua da Emenda. Depois disso, trabalhou em mais três saunas, até abrir a sua própria em Julho, a Olissipo Bath, no número 5 da Rua do Telhal. “Trabalhei na Spartacus número 2, no Largo Trindade Coelho, depois fui trabalhar para o Sertório, no Príncipe Real, e depois continuei na mesma empresa, na sauna Viriato, no número 4 da Rua do Telhal, onde era gerente”, enumera.
A 23 de Dezembro do ano passado teve a notícia de que iria ser despedido, tal como o resto do staff. “O senhorio não renovou mais o contrato derivado a certos problemas”, explica. Altura para montar o seu próprio negócio “com um grande amigo”, sem mudar de ramo nem de rua. Bastou atravessar a estrada e transformar o número 5 na mais recente sauna gay da cidade.
Fotografia: Francisco Santos
Quem vem à espera de muito espaço para sexo desenfreado, ficará desiludido. “Tem mais aspecto de uma boa sauna de hotel do que de uma sauna gay”, escreve “Johnny” na caixa de comentários do site Dezanove. “É um espaço muito limpo e bem arranjado e decorado, com boas instalações de chuveiros, jacuzzi, sauna seca e banho turco. No aspecto menos bom, é um espaço acanhado e não está organizado para sessões quentes e boas de sexo em grupo.”
Fotografia: Francisco Santos
Carlos, o dono, sublinha que o espaço é pequeno. “Optámos por fazer uma coisa mais pequena mas com um serviço de qualidade”, diz. “Fizemos tudo de raiz, com muito bom gosto e quisemos ter um serviço diferente de tudo aquilo a que estava habituado a trabalhar, saunas em que o que importava era ter clientes e haver sexo, mas não um serviço de qualidade.”
Uma recepção com bar, sauna, jacuzzi, duches, cabines “de relax” e um serviço de massagens profissionais (entre 30€, para uma massagem de meia hora, a 90€, para uma massagem com ventosas) são algumas das mordomias da sauna. Grande parte dos clientes da casa são turistas (alguns que já conheciam Carlos da porta em frente), mas também quem trabalha ali nos arredores da Avenida da Liberdade.
Rua do Telhal, 5. Seg-Qui 12.00-06.00 , Sex Sáb e Dom 24 horas. 15€ até às 22.00 , 10€ a partir das 22.00