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Lisb-On: jardinagem electrónica

Escrito por
Miguel Branco
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A quarta edição do Lisb-On regressa ao Parque Eduardo VII, desta sexta a domingo. Sven Väth, Nina Kraviz, Kiasmos e Tony Allen são os nomes que não pode perder.

De um jardineiro espera-se tudo: botas de borracha, regador profissional, foice, sachola. Só que no Lisb-On jardineiro significa festivaleiro, e aí, ainda que não se exija que carregue com esta tralha toda às costas, as expectativas não descem. Espera-se atitude, novos (ou antigos, desde que bons) passos de dança, a carteira cheia, perdão, o copo cheio.

Olhar para o cartaz é saber que estamos em terreno fértil e composto. Tony Allen, lendário baterista de Fela Kuti e um dos criadores do afrobeat, vem apresentar The Source, novo disco. Depois, os astros do techno Sven Väth e Nina Kraviz, que voltam, felizmente, onde já foram felizes. Numa onda mais amena há ainda o minimal experimental dos islandeses Kiasmos.

Só bons motivos para voltar a jardinar. Quer-se tudo isto e quer-se com vigor, porque ainda que estejamos no habitat nocturno, da música de dança, do ontem vi-te na discoteca, esta é uma empreitada (uma boa empreitada, claro) de dez horas, das 14.00 às 00.00. Jardineiros, o Lisb-On é dos resistentes. E resiste, com uma invasão electrónica do Parque Eduardo VII, há quatro anos.

A quarta edição do Jardim Sonoro marca a consolidação do projecto, que até aqui estava em modo piloto, a ser testado pela organização em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa. Os votos renovaram-se, ou seja, a partir de agora o Lisb-On como que entrou nos quadros da empresa, não tem termo à vista. E isso faz-se como? Com pessoas, com bons artistas, bom ambiente, que desagua em sucesso: “O Lisb-On, em 2014, trouxe um novo e único conceito. Não existiam festivais durante o dia, muito menos no centro de Lisboa e isso trouxe muitos lisboetas e jardineiros de mais longe a apaixonarem-se pelo Jardim Sonoro. Importante também é lembrar um dos pilares do festival, que é marcar o regresso dos lisboetas à cidade depois das férias e lutar contra a ideia de voltar à rotina”, garante João Maria, um dos organizadores.

Quanto às novidades para esta edição, não há como não falar do aparecimento de um segundo palco no Lisb-On, que só funcionará sábado e domingo, e que garante maior diversidade. Mas há mais: “Temos a MB WAY, que vai permitir que os jardineiros carreguem a pulseira sem parar de dançar. A curadoria do primeiro dia foi desenvolvida pela RBMA (Red Bull Music Academy) e temos uma grande aposta no bilhete de fim-de-semana, para aqueles que não conseguem vir na sexta-feira”, diz. 

Lisb-On Jardim Sonoro. Parque Eduardo VII. Sex-Dom 14.00-23.00. 25€ (diário), 45€ (fim-de-semana), 55€ (geral).

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