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Cheguem esses rabos para lá, senhores jornalistas. O duelo, que já tinha começado lá atrás, chegou em força à fila da frente e adivinhem só quem ganhou. São instagrammers, são socialões, no limite, são pessoas que existem e que têm meio mundo de olhos postos no que vestem, no que dizem e por onde andam. Tê-los por perto começa a ser fundamental para marcas e designers.
Qual a diferença entre lurex e lamé? Em que década nasceu a minissaia? Neste campeonato, ninguém precisa da enciclopédia da moda. O importante é escolher embaixadores à imagem e semelhança do público que se quer alcançar e, se antes, as madames se conquistavam pelo artigo da Vogue, agora, os jovens adultos querem o que o gajo com pinta vestiu para ir ao Starbucks no sábado de manhã. Afinal, para as marcas, os cool kids estão mais para ampolas de rejuvenescimento do que outra coisa.
Mas agora, o fenómeno subiu de nível. No último desfile da Dolce & Gabbana, em Milão, os millennials saltaram da fila mais cobiçada de todas e viraram estrelas de passerelle: o actor Cameron Dallas, o modelo Lucky Blue Smith, o rapper Tinie Tempah e os simplesmente sensacionais Brandon Thomas Lee e Luka Sabbat – todos abaixo dos 23 anos, todos com quantidades generosas de seguidores nas redes socais. O sucesso foi instantâneo e não foi preciso esperar pelo início do desfile para ver os primeiros looks a pingarem online. O hashtag #dgmillennials engordou a olhos vistos. E não é exclusivo da marca italiana. Na mesma semana, Milão também viu Tommy Hilfiger rodear-se de umas quantas caras larocas.
As semanas da moda estão quase aí e não vai ser difícil encontrar estas e outras marcas a estudar pela mesma cartilha. Afinal, quem é que precisa de supermodelos, quando tem nerds com estilo à disposição?