À terceira é de vez. O Todos despede-se de Santa Clara, naquela que é a sua 15.ª edição (a terceira nesta freguesia lisboeta), com três fins-de-semana de programação artísticas e cultural. Entre teatro, música, dança, performance e cinema, o objectivo é envolver as comunidades locais e, ao mesmo tempo, atrair as atenções para este território periférico e heterogéneo. No primeiro fim-de-semana, dias 26 e 27, destaque para o arranque da programação, na Quinta Alegre, com um concerto que junta a banda Hotel Europa e alguns convidados, mas também para um domingo dedicado à cultura cigana, no Centro Cultural da Ameixoeira, com música, cinema e fotografia.
Nos dias 2 e 3 de Setembro, as atenções viram-se para outras latitudes. O restaurante Cantinho da Ameixoeira é palco de um almoço encenado, a partir da peça popular de São Tome e Príncipe Auto de Floripes. Nesse mesmo sábado, a Orquestra Todos convida Tonecas Prazeres para um concerto a céu aberto. Tiago Cadete e Rui Catalão quiseram envolver as comunidades da zona – o primeiro partiu de testemunhos diversos para reflectir sobre a influência de diferentes gastronomias na chamada cozinha tradicional portuguesa; o segundo transformou moradores em actores num espectáculo que tem a forma de percurso, nas ruas da Ameixoeira Velha.
O festival chega ao fim nos dias 9 e 10 de Setembro. Sábado, há concerto dos Músicos do Tejo com o flautista indiano Shashank Subramanyan. De França, chega a mais recente criação da companhia Le Groupe Zur, em torno do vento e da sua dimensão poética, no Jardim da Quinta de Santa Clara.