Rossio Garden Hotel

O Rossio Garden, na Rua Jardim do Regedor, não passa despercebido, muito por causa do vermelhão que pinta o edifício de 1900 onde em tempos funcionou uma residencial. Os tons sangue de boi e carmim continuam no interior, com uma decoração arrojada assinada pelo designer João Rolo. De resto, espere um hotel descontraído e informal que tem como prioridade fazer com que os hóspedes se sintam em casa. Do anterior negócio, pouco ou nada sobrou, e o espaço foi bem aproveitado para conseguir encaixar 56 quartos em apenas cinco pisos. Foi precisa alguma ginástica para montar o puzzle, mas o resultado superou as expectativas e podemos afirmar com segurança que, apesar de os quartos não serem enormes, têm o espaço e conforto necessários para nos acolherem depois de um dia inteiro de passeio. Na verdade, o Rossio Garden assume-se como isso mesmo: um refúgio de calma e sossego a que sabe bem voltar. Logo ao lado, a Rua das Portas de Santo Antão tem boas opções de restaurantes com esplanada e embora muitos deles possam estar referenciados como “armadilha para turistas”, há outros que nunca sofrerão desse mal. O Gambrinus, por exemplo, que desde 1936 é considerado uma das referências gastronómicas de luxo na cidade, e que tanto serve para um jantar demorado como para uma paragem rápida ao balcão, acompanhada de um croquete e uma imperial.
Bem perto, encontra o Coliseu dos Recreios, a sala de espectáculos mais famosa de Lisboa, o Teatro D. Maria II, virado para o Rossio, e uma série de lojas de comércio tradicional. Em termos de localização, não há muito melhor do que isto, com a Avenida da Liberdade e a estação do Rossio a apenas dois passos. Se tiver tempo, aproveite o privilégio de não ter de depender dos transportes públicos para explorar Lisboa e abra uma excepção: quase de hora a hora sai da estação um comboio rumo a Sintra, uma escapadinha que vale mesmo a pena.