A Missa de Leonard Bernstein foi encomendada por Jacqueline Kennedy para a inauguração do John F. Kennedy Center for the Performing Arts, em Setembro de 1971, e é raramente executada fora dos EUA, até porque é longa e requer efectivos vastos que nem sempre são fáceis de reunir: vários coros (incluindo um de rapazes e outro de cantores de rua), uma orquestra sinfónica, uma banda filarmónica, um grupo de blues e outro de rock, num total de duas centenas de executantes, a que se somam registos gravados (em 1971, em fita magnética, hoje talvez num meio mais expedito).
Bernstein terá pensado em compor uma missa nos moldes convencionais, mas o seu lado aventureiro e o seu gosto pela música ligeira acabaram por o levar a congeminar uma fusão de tradição erudita, rock, blues, jazz e musicais da Broadway. A heterodoxia da obra está explícita no seu título formal, “MASS: Um peça teatral para cantores, músicos e dançarinos”, que nesta ocasião serão Jubilant Sykes (barítono), a Escola de Jazz Luiz Villas-Boas, vários coros infantis, o Coro Participativo, o Coro & Orquestra Gulbenkian e a Orquestra Geração. A direcção é de Clark Rundell (na foto) e a encenação de Marie Mignot.