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Moniuszko: Halka

  • Música, Clássica e ópera
Capella Cracoviensis
©Joanna GaluszkaCapella Cracoviensis
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A Time Out diz

Stanislaw Moniuszko (1819-1872) foi o compositor polaco mais relevante entre Fryderyk Chopin e Mieczyslaw Karlowicz e injectou na sua música marcas da música popular da Polónia – e da Grande Polónia, que, em tempos, abarcou a Lituânia e parte da Bielo-Rússia (a cidade onde Moniuszko nasceu, Ubiel, é hoje parte da Bielo-Rússia).

A ópera Halka, que tem libreto de Wlodzimierz Wolski, a partir do seu poema O Montanhês, inspirado num conto tradicional, tem por assunto o amor trágico entre uma simples rapariga das montanhas e um nobre que a rejeita para casar com alguém da sua condição. Quando da estreia da primeira versão, em 1848, Halka foi acusada de ser uma afronta à moral e ao patriotismo, situação paradoxal para uma obra que se converteu, poucos anos passados, num símbolo da Polónia e na primeira “ópera nacional polaca” e que teve, ainda em vida do compositor, 150 récitas, número que atingiu o milhar em 1935. Halka tem continuado a ser levada à cena regularmente na Polónia, mas, após ter tido alguma exposição internacional na viragem dos séculos XIX/XX, raramente é apresentada noutros países, pelo que esta ocasião deve ser aproveitada, tanto mais que será interpretada por um elenco vocal 100% polaco – Natalia Kawalek, Przemyslaw Borys, Malgorzata Rodek, Sebastian Szumski – e pelo mais reputado ensemble polaco de música antiga, a Capella Cracoviensis, de Jan Tomasz Adamus, que tem vindo a gravar vários discos para a Decca.

[Apresentação da versão de Halka apresentada pela Capella Cracoviensis, com direcção de Jan Tomasz Adamus, no Festival Opera Rara de 2017]

Escrito por
José Carlos Fernandes

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