Neville Lawrence é Superstar. Um dia emigrou da Trinidad e Tobago onde nasceu e arrimou-se a Nova Iorque. Ia o tempo aí por meados da década de 1980, e não tardou muito para o ver percorrendo o circuito de bares e salas de concertos ao lado de futuros ícones hip-hop como The Notorious B.I.G. e Tupac Shakur.
Ainda está para saber a razão porque Lawrence troca a agitação criativa de Nova Iorque pela pacatez de Omaha, no Nebrasca. Mas foi o que fez, mais a mulher, Anne, e por ali continuou a produzir e gravar música que, aos poucos, e em muito graças ao You Tube, criou uma legião de seguidores. Há dois anos, 30 e tal anos depois do início da carreira, regressou à edição formal, publicando o seu primeiro disco em vinil de 12 polegadas e respectiva cassete numa editora da Estónia, a Porridge Bullet. Vai daí à colaboração Tapes vs. Superstar, em Spirit World, foi, como se costuma dizer, um pulo, repetido o ano passado com o lançamento de Mastermind E.P, colecção de sete temas do vasto acervo acumulado ao longo dos anos.