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A cena é 2018: o que não pode perder em palco este ano

Escrito por
Miguel Branco
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O título podia ser uma frase de um rap. Mas não é. São os espectáculos que não pode perder em 2018. Do Teatro Nacional D. Maria II ao Teatro Meridional, este ano parece ser ano de boa colheita. 

Há quem pratique a ideia de um espectáculo por mês. O que já não é nada mau. Mas nós por aqui – assumindo-nos, obviamente, como suspeitos – achamos pouco. Tente superar esse objectivo, até porque há meses com uma porrada de bons espectáculos. Bom 2018. 

Comecemos por onde sempre se começa: Janeiro. De 11 a 28, no São Luiz Teatro Municipal, os Arena Ensemble – com encenação de Marco Martins e um elenco onde cabem Nuno Lopes, Rita Cabaço, Bruno Nogueira – estreiam Actores, peça que deambula sobre o processo de criação de um actor. Já no Teatro Nacional D. Maria II, o grande destaque do mês é O Grande dia da Batalha, um acolhimento aos Artistas Unidos, num espectáculo com adaptação e encenação de Jorge Silva Melo sobre o Albergue Nocturno, de Gorki. 

Depois, de 19 de Janeiro a 4 de Março, há um dos grandes destaques de programação do ano: o Ciclo Tânia Carvalho. Uma união de forças do Maria Matos, do São Luiz e da Companhia Nacional de Bailado, que vão receber uma retrospectiva dos 20 anos de carreira de uma das maiores coreógrafas portuguesas, com vários espectáculos e iniciativas. 

Em Fevereiro, no CCB, temos um regresso à Grécia Antiga. Bom, mais ou menos. Com direcção de Tónan Quito, música dos Dead Combo e interpretação de Tónan Quito, Cláudia Gaiolas, Francisco Camacho, Isabel Abreu, Miguel Borges, Vera Mantero, vamos poder ver Oresteia, de Ésquilo. Vai falar-se de culpa, responsabilidade, consciência, tudo isso de 17 a 24. Já nos dias 23,24 e 25, o São Luiz volta a receber uma criação do italiano Romeo Castellucci, um dos mais indispensáveis dramaturgos italianos e europeus. Chama-se Democracy In America.

É na mesma Sala Luís Miguel Cintra do São Luiz que, a 8 de Março, o Teatro do Eléctrico estreia Banda Sonora. Ricardo Neves-Neves, que volta a encenar  um texto da sua autoria, prossegue no trabalho teatral intensamente ligado à música. Neste espectáculo conta com composição e orquestração de Filipe Raposo e a própria Orquestra Metropolitana de Lisboa em palco. E por falar em Luís Miguel Cintra, também ele, a 10 e 11 de Março, no Teatro Municipal Joaquim Benite, em Almada, conclui Um D. João Português, projecto dividido em quatro cidades e espectáculos – em processo íntimo com o público afecto a cada bloco e cidade – que serão agora, finalmente, apresentados em conjunto. 

No quarto mês do ano, o das águas mil, o Teatro da Cidade estreia que boa ideia, virmos para as montanhas no CAL – Centro de Artes de Lisboa, a nova casa dos Primeiros Sintomas. Texto e encenação de Guilherme Gomes que parte de uma canção de Leonard Cohen (e da influência de Lorca na sua poesia) para falar de um trio libidinoso em confronto e em amor.  Também no CAL, mas em Outubro, os Primeiros Sintomas, com encenação de Bruno Bravo, atiram-se a Tio Vânia, de Tchékhov.

Em Maio, no Teatro Nacional D. Maria II, é a vez de Christiane Jatahy, uma das mais importantes criadoras brasileiras, apresentar três peças centrais na sua obra.  

Seguimos para o Verão e para a Culturgest, onde Os Possessos mostram  O Novo Mundo, espectáculo em grande: seis autores, 17 actores, que gravitam em torno de pequenos quadros que abordam esse tal mundo novo, essa tal América por descobrir. A encenação é de João Pedro Mamede. 

Por fim, em Julho, integrado no Festival de Teatro de Almada, o Teatro Meridional estreia no Teatro da Trindade, com encenação de Diogo Infante, Cármen, Vozes Dentro de Mim, espectáculo com interpretação de Natália Luiza à volta da biografia de Cármen Dolores. Ou seja, será coisa bonita, certamente. Como o ano inteiro.

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