12 Corpus Nus vestidos com diferentes histórias, e um discurso comum de esforço, rigor, e superação, com a sua espinha dorsal no Bolero de Ravel. Ensaio para uma Cartografia surge de um percurso iniciado por Mónica Calle em , a partir de Os Sete Pecados Mortais de Bertolt Brecht e de A Boa Alma de Luís Mário Lopes, e assinala a estreia da coreógrafa nas criações para o Nacional. “É pela repetição e persistência que estes materiais minimais ganham força, colocando todas as questões da vida. Este constrangimento de não sermos nem da dança nem da música acaba por ser uma zona de liberdade”.
Na Sala Estúdio do D. Maria II, junta-se a Ana Água, Carolina Varela, Cleo Tavares, Inês Vaz, Joana de Verona, Marta Félix, Míu Lapin, Mónica Garnel, Sílvia Barbeiro, Sofia Dinger e Sofia Vitória, em confronto com o seu corpo. “Faz todo o sentido que o trabalhe, por questões políticas, artísticas, de resolução da minha própria vida. Acho que vivemos hoje numa sociedade muito mais púdica do que há anos, quando comecei a trabalhar”. Esta é também uma cartografia do tempo, de diferentes camadas desse caminho, desse grupo que trabalha desde , com passos individuais dentro de um movimento colectivo.