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Maria Gambina
© Marco Duarte Maria Cristina Lopes

No ateliê de... Maria Gambina

A designer de moda reabriu as portas da sua loja e ateliê na Foz. Não perdemos tempo e fomos ver o que há pendurado nos cabides para esta e para a próxima estação.

Escrito por
Margarida Ribeiro
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É impossível falar da história da moda portuguesa e não falar de Maria Gambina. Criada por Maria Cristina Lopes, a marca surgiu na década de 90, altura em que a designer também ensinava o que de melhor sabia fazer aos outros. Foi professora de várias gerações de criadores, entre eles Nuno Baltazar, Katty Xiomara, David Catalán e Inês Torcato, que hoje dão cartas nas passerelles nacionais e internacionais.

A certa altura decidiu pousar o lápis e dedicar-se ao ensino, como coordenadora da licenciatura em Desenho de Moda da ESAD. Estava “desapaixonada” pelo design, desabafa. Fechou a loja e parou de lançar novas colecções. “Mas, de um momento para o outro, comecei a desenhar compulsivamente”, conta. Em 2018, para felicidade de muitos, estava de regresso à passerelle do Portugal Fashion, com a colecção Construção. Sem deixar, contudo, o ensino de lado, para alegria de outros tantos. Hoje dá aulas na Escola de Moda do Porto.

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No ateliê de... Maria Gambina

© Marco Duarte

Em Novembro do ano passado reabriu a sua loja/ateliê. É neste espaço que estão expostas e à venda as peças da marca. Pelos cabides estão penduradas as peças da colecção correspondente à estação. Por exemplo, se passar por lá hoje encontra NANCY, pensada para este Outono/Inverno.

O segundo andar é ocupado pelo ateliê da criadora e é onde quase tudo acontece. A pesquisa, a modelação e os protótipos fazem-se aqui. Também se escolhem tecidos, materiais e acessórios. A única coisa que não se faz dentro destas quatro paredes é o desenho das peças, um trabalho que Maria prefere fazer em casa. O espaço é calmo (tem vista para o mar), mas só até ao dia em que se começa a preparar uma nova colecção. Então, aos poucos, o ateliê vai-se enchendo de charriots e de desenhos espalhados e colados pelas paredes.

É o que acontecerá nos próximos tempos, já que as propostas para a estação fria 20/21 já estão a ser preparadas. A ideia, diz, é explorar e trabalhar alguns dos elementos mais identificativos da marca, como os denims e as t-shirts gráficas.

No ateliê de... Maria Gambina

Revistas
© Marco Duarte

Revistas

Maria colecciona várias revistas de moda e algumas já têm mais de 20 anos. “Uma é a edição número sete da The Face e a outra é uma I-D de 1991. Agora ando a vê-las todas outra vez”, conta.

Dossiês
© Marco Duarte

Dossiês

A criadora guarda sempre os materiais que utiliza quando está a desenvolver novas colecções. O resultado é uma série de dossiês que contêm fichas técnicas, desenhos técnicos feitos à mão, tecidos e moldes, entre outras coisas.

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Tesoura
© Marco Duarte

Tesoura

Entre as várias ferramentas de trabalho que utiliza regularmente está esta tesoura. “Guardo-a religiosamente porque era do meu avô”, explica. 

Slides
© Marco Duarte

Slides

“Não é que os utilize muito, mas são uma relíquia. Estão aqui todas as colecções, desde as da década de 90 até à de Outono/Inverno de 1999/2000.”

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Saia
© Marco Duarte

Saia

Quando fechou a loja, algumas peças foram compradas por amigos e outras foram para o MUDE – Museu do Design e da Moda, em Lisboa. Maria só quis ficar com uma peça, esta saia, que fazia parte de uma colecção inspirada na sua cadela.

Mais ateliês para conhecer

  • Compras

A professora primária sempre lhe disse que ele era mais “virado para as artes”. No entanto, ser ou não artista era um futuro que David Penela não tinha ainda contemplado nos seus planos. Quando estava quase a chegar ao 10º ano, e na iminência de ter de escolher uma área de estudo, achou que deveria optar pelas Ciências, para mais tarde poder ingressar em Engenharia Aeroespacial. Mas havia um obstáculo. “Era mau a Matemática”, ri. Optou, então, pelas Artes – tal como havia vaticinado a professora – e, mais tarde, entrou no curso de Artes Plásticas e Multimédia, na Faculdade de Belas Artes. 

  • Compras

Ainda não tinha idade para usar agulhas quando se começou a interessar por croché. Sempre foi o passatempo das avós e foram elas que ajudaram Vanessa Barragão a dar os primeiros passos na costura. Não demorou muito a perceber que queria ser designer de moda. Gostava de fazer os modelitos para as bonecas e, por isso, achava que era a carreira a seguir. Vanessa cresceu em Albufeira e estudou em Lisboa e depois da licenciatura fez o mestrado. Foi nessa altura que começou a explorar a lã: da ovelha ao tecido pronto a utilizar. Pouco depois surgia a ideia de fazer o que a própria chama de “tapeçaria para decorar a parede”. E sem querer descobriu a sua verdadeira vocação. 

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  • Compras

Contar histórias e ilustrá-las não foi uma decisão, Joana Estrela soube desde muito cedo que este seria um lado muito importante da sua vida. “Sempre gostei muito de desenhar e de escrever. E sabia que ia fazer isto, mesmo se tivesse outro emprego,” conta. Estudou Design de Comunicação na Faculdade de Belas Artes, curso que escolheu por ser abrangente e lhe permitir explorar diferentes áreas. Enquanto não arranjava emprego, começou, quase sem querer, a criar um portefólio de ilustração e a reunir alguns clientes. Pouco depois, dedicou-se a escrever e a fazer banda desenhada. Propaganda, o seu primeiro livro, é deste género. 

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