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As séries do momento
HBO; RTP; Netflix

As séries do momento que estão a colar-nos à televisão

Esperávamos, desejávamos e agora estamos a vê-las tão depressa quanto conseguimos. Estas são as nove séries do momento.

Hugo Torres
Escrito por
Hugo Torres
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A evolução da espécie humana há muito entrou numa nova fase, tendo transformado o homo sapiens sapiens em seres devoradores de séries de televisão. O meio ambiente é propício: é Netflix para ali, HBO para acolá, Disney+, Amazon Prime Video, Apple TV+, Filmin, RTP Play, OPTO e tudo o que são canais em sinal aberto e por cabo. Todos os dias há novidades, todos os dias alguém nos recomenda uma série nova que temos mesmo de ver, e nós – bom, nós vamos tentando acompanhar. As plataformas são globais (ou nacionais), mas a experiência pode ser muito solitária e espartilhada. Há, no entanto, produções que, por um motivo ou outro, voltam a reunir-nos à volta de uma fogueira comum, que nos congregam à volta das mesmas histórias e nos devolvem o sentimento de partilha. São as séries de que toda a gente anda a falar ao mesmo tempo, pelo menos durante um período. São as séries do momento. Ei-las.

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As nove séries do momento

Causa Própria

Drama judicial passado numa pequena cidade fictícia do interior português, Causa Própria mostra-nos uma juíza (Margarida Vila-Nova) a ser posta à prova quando confrontada com o homicídio de um amigo dos seus filhos. Um crime violento nunca visto por aquelas paragens. O procurador local (Ivo Canelas), ex-marido da juíza, tenta despachar o caso ao primeiro suspeito, enquanto os agentes da Polícia Judiciária (Nuno Lopes e Catarina Wallenstein, a lembrar Lisbeth Salander) se empenham na investigação. Em pano de fundo, uma mão-cheia de casos inspirados pelas crónicas Levante-se o Réu de Rui Cardoso Martins, que assina o argumento em parceria com Edgar Medina.

RTP1 e RTP Play. Qua 21.00

Cobra Kai

Primeiro, foi o poder da indústria da nostalgia a reunir no YouTube Johnny Lawrence (William Zabka) e Daniel LaRusso (Ralph Macchio), mais de 30 anos após a estreia nos cinemas de Momento da Verdade. Depois de um par de temporadas desinteressantes, à terceira foi de vez: a série encontrou o tom e o dojo (a Netflix) certos para se projectar. As expectativas estão elevadas para o regresso do mais famoso torneio juvenil de karate – e de mais uma das personagens dos filmes, Terry Silver (Thomas Ian Griffith), antigo comparsa de John Kreese (Martin Kove).

Netflix (T4)

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A Very British Scandal

Sarah Phelps volta a pousar as histórias de Agatha Christie para nos presentear, mesmo ao cair do pano de 2021, não com um culpado mas com a segunda temporada desta série antológica. Depois do escândalo a envolver Jeremy Thorpe (2018), eis o caso Argyll contra Argyll, pernicioso divórcio contencioso entre o duque e a duquesa de Argyll, em 1963, por múltiplas infidelidades desta (provadas em tribunal com recurso a diários, cartas e a uma polaroid explícita). Paul Bettany faz o duque, Ian, um pulha arrivista. Claire Foy faz a duquesa, Margaret, filha desempoeirada de um industrial endinheirado. Uma visão.

HBO (T2)

O Livro de Boba Fett

É certo e sabido que o Natal traz sempre consigo rabanadas, compras desesperadas de véspera e um novo título de Star Wars. O Livro de Boba Fett é o spin-off deste ano do universo criado por George Lucas e que há de contar tantas histórias quantos stormtroopers havia na trilogia original. Este caçador de prémios estreou-se em O Império Contra-Ataca (1980) e entrou, mais recentemente, na segunda temporada de The Mandalorian. Agora tem direito à sua própria série, em que anda pelo submundo da Galáxia, em particular nas areias de Tatooine, para reivindicar o território outrora dominado por Jabba the Hutt. Debaixo do capacete estará Temuera Morrison.

Disney+

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Landscapers

Na estreia como criador e argumentista, Ed Sinclair atira-se a um crime da vida real que deixou o Reino Unido boquiaberto na década passada. Trata-se do assassinato de William e Patricia Wycherley às mãos da filha, Susan, e do genro, Christopher, que depois enterraram os corpos no seu jardim de Nottinghamshire. O casal manteve uma elaborada mentira ao longo de 15 anos, dizendo que William e Patricia se encontravam a aproveitar os bons ares da Irlanda e resgatando as pensões de ambos, até serem descobertos – e posteriormente condenados a penas perpétuas. Olivia Colman (The Crown) interpreta Susan, obcecada por velhos westerns, e David Thewlis (Nu) é Christopher. Will Sharpe (Giri/Haji) é o realizador desta minissérie de apenas quatro episódios, apresentada como comédia negra.

HBO

And Just Like That...

Sem Samantha (Kim Cattrall) e quase 18 anos após o último dos 94 episódios originais, O Sexo e a Cidade tem mais uma temporada no pequeno ecrã. Sob outro título mas na mesma com Michael Patrick King ao leme, And Just Like That… retrata a “realidade ainda mais complicada da vida e da amizade aos 50 anos”, por oposição à complicada realidade de quem calçava Manolo Blahnik aos 30. Carrie (Sarah Jessica Parker), Miranda (Cynthia Nixon) e Charlotte (Kristin Davis) são as estrelas restantes – e, sim, a participação de Mr. Big (Chris Noth) fez cair inadvertidamente umas certas e determinadas cotações na Bolsa.

HBO

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Impeachment: American Crime Story

Depois de The People v. O. J. Simpson (2016) e The Assassination of Gianni Versace (2018), esta série antológica chega à Casa Branca. Bill Clinton (Clive Owen) é Presidente dos EUA e Monica Lewinsky (Beanie Feldstein), a estagiária que orbitava Sala Oval, é transferida para o Pentágono devido a uns zunzuns de ordem sexual. O caso haveria por vir a público, graças a Linda Tripp (Sarah Paulson), o que daria origem a um processo de destituição de Clinton. Paula Jones (Annaleigh Ashford), que então processou o Presidente por assédio sexual, não poderia faltar à série. Hillary (Edie Falco), também não.

FOX Life (T3). Qui 23.10

Succession

A luta pelo poder está ao rubro na família Roy. A terceira temporada começa com Kendall (Jeremy Strong) a dar cartas, sem se entender com os irmãos (Kieran Culkin, Sarah Snook e Alan Ruck), e acaba exactamente ao contrário – a prole unida, mas destrunfada. Logan (Brian Cox), o pai e o magnata por detrás do império mediático Waystar Royco, faz o percurso inverso e deixa-nos boquiabertos quando percebemos, enfim, como conduziu o jogo até ao desenlace. O criador Jesse Armstrong é quem está ao leme da equipa de argumentistas da série e está a conduzi-la ao pódio, não de qualquer ano que passe, mas do nosso tempo.

HBO. T3

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The Beatles: Get Back

Peter Jackson tem queda para a monumentalidade. Desta feita, essa faceta revelou-se em quase oito horas de imagens – e sons! Conversas, versões, jams – inéditas dos Beatles. Gravadas em Janeiro de 1969, durante as sessões que deram origem ao mítico concerto no telhado de Savile Row, já delas tínhamos visto um primeiro cut em 1970, no mal-amado Let It Be de Michael Lindsay-Hogg. Mas onde há meio século se viu divisão e o fim turbulento da maior banda de todos os tempos, aqui um olhar mais atento e descomprometido revela um grupo de quatro rapazes cheio de ideias, música, amizade e dúvidas. Nunca tínhamos visto John, Paul, George e Ringo assim. Três episódios que foram, são, um acontecimento.

Disney+

Mais séries para ver

  • Filmes

As listas, como quase tudo nesta vida, são relativas. Mas depois de enchermos uma espécie de conselho de administração com loucos de séries televisivas e outros consultores da redacção da Time Out, chegámos a estas 25. Portanto, se vai começar a disparar insultos e a pedir justificações para as suas séries de comédia preferidas não estarem aqui avisamos já que não vai ter sucesso. Podiam ser outras, mas são estas. E pedimos desculpa às que ficaram de fora. Mais um alerta à tripulação: estas séries de comédia estão ordenadas apenas por ordem alfabética, que não queremos alimentar ainda mais a polémica. Ria-se connosco.  Recomendado: Séries a não perder este mês

  • Filmes

Começou timidamente em Portugal, com uma mão cheia de bons conteúdos e algumas apostas menos conseguidas. Com o passar dos anos, ganhou terreno, fez muitos de nós trocar as noitadas na rua pelas noites no sofá e na cama, e é difícil imaginar a vida sem saber que a temos ali. Filmes, séries, documentários, docusséries, há muito material para ver e fazer verdadeiras maratonas visuais sem sair de casa (e mesmo se o quiser fazer, é só levá-la no telefone). Junte-se à febre do streaming e conheça as melhores séries para ver na Netflix. Recomendado: As 25 melhores séries de comédia

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  • Filmes

Ter menos coisas é sinónimo de mais tempo e liberdade para fazer o que lhe dá prazer. Mas ser minimalista não significa abdicar de todas as suas posses materiais nem deixar de consumir. Significa, sim, livrar-se do que não é essencial e aprender a consumir melhor. Para o ajudar a pôr a vida em ordem, reunimos duas séries e dois documentários sobre o poder do menos. Desde Joshua Fields Millburn e Ryan Nicodemus, do movimento The Minimalists, até à guru da organização Marie Kondo, estes são os professores e as lições de que precisa para aprender mais sobre minimalismo, organização, casas pequenas e desperdício zero.

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  • Filmes

É verdade que os serviços de entrega de comida continuam a levar o melhor dos restaurantes às nossas casas, mas não é a mesma coisa. Ainda bem que existem séries e documentários que ajudam a matar saudades das histórias dos chefs, das paredes dos restaurantes, e muito mais. Há de tudo nesta ementa: desde clássicos modernos, como Anthony Bourdain: No Reservations e Jiro Dreams of Sushi, a fenómenos mais recentes, como Ugly Delicious. E sim, bem sabemos que o efeito destas incursões audiovisuais não é propriamente o que queremos, tendo em conta que há pouco mais a fazer do que fazer rusgas ao frigorífico. Esta lista é para comer tudo com os olhos e nada com a boca. O que já não é pouco.

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  • Filmes

Há cada vez mais e melhores séries de super-heróis na televisão. Dos personagens da DC no chamado Arrowverse do canal CW – Arrow, The Flash, Legends of Tomorrow e Supergirl – à comitiva da Marvel na Netflix – Demolidor, Jessica Jones, Luke Cage, Punho de Ferro, Os Defensores e O Justiceiro –, passando pelos inúmeros vigilantes (e não só) que se desdobram por outros canais e plataformas, sem se inserirem num complexo universo partilhado, com Watchmen da HBO à cabeça.

Mas não é de agora que há super-heróis na televisão: há uma ou outra velha série que merece ser revista. A começar pelos desenhos animados de Batman dos anos 90.

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