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Matilde Beldroega
© Matilde Beldroega

Oito marcas portuguesas de brinquedos

A brincar, a brincar, fazem-se grandes marcas. É o caso destas oito marcas portuguesas de brinquedos, com as quais todas as crianças deliram.

Raquel Dias da Silva
Vera Moura
Escrito por
Raquel Dias da Silva
e
Vera Moura
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Esqueça a Mattel, a Lego ou a Hasbro. Agora, mais do que nunca, é tempo de apostar no que de melhor se faz por cá. Desde brinquedos científicos a propostas faça-você-mesmo ou peças tão bonitas que até para decoração servem (é capaz de nem se importar de ver os objectos espalhados pelo chão), não faltam marcas portuguesas para entreter os miúdos. De madeira, cortiça, papel reciclado e até tecido, estes brinquedos são feitos dos mais variados materiais, predominantemente amigos do ambiente e, claro, tão educativos quanto divertidos. Porque a brincar, a brincar, aprende-se a sério.

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Matilde Beldroega
Fotografia: Matilde Beldroega

Matilde Beldroega

Do desenho ao produto final, todas as peças desta marca são concebidas e produzidas no estúdio de Rita Pinheiro, que entrou no mundo das bonecas de tecido inspirada pelas de trapo que a sua avó paterna lhe fazia a partir de sobras. Agora não só faz bonecas e diferentes roupas, para as crianças as poderem vestir e despir à vontade, como vários animais, desde elefantes e macacos até gatos e ovelhas, numa deliciosa mistura de texturas e cores. Melhor só a possibilidade de pedir bonecos personalizados. Sim, parecidos com os miúdos, pais, avós ou amigos. Já está convencido? Nós também.

Ticotico
Fotografia: Ticotico

Ticotico

O pinho proveniente de florestas sustentáveis é o material principal da colecção de transportes artesanais da Ticotico. É a fundadora, Marina Gomes, quem faz tudo à mão, do desenho à construção, com materiais ecológicos como a madeira e o papel reciclado, e à pintura, com tintas aquosas. Criados a partir de um imaginário nostálgico, os barcos, aviões e carros desta marca portuguesa, disponível online na plataforma Etsy e na loja portuense Papa-Livros, não precisam de pilhas que se gastam num instante e são a desculpa perfeita para os pais se juntarem às brincadeiras e fazerem uma viagem pelas suas memórias de infância. 

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Science4you
Fotografia: Science4you

Science4you

Vista-lhes a bata branca, ponha-lhes os óculos transparentes e despenteie-lhes o cabelo. É este o eterno convite da marca portuguesa, que já esteve para entrar na Bolsa de Lisboa e teima em transformar os miúdos em cientistas malucos, capazes de recriar um vulcão em erupção, fazer o seu próprio slime ou participar numa corrida de balões. Desde drones até kits de ciência e química, passando por livros, oficinas DIY em caixas e jogos de tabuleiro, as propostas da Science4you são tantas que o difícil é escolher. Mas o melhor é que não se esgotam nos brinquedos educativos e científicos. A magia acontece também nas festas de aniversário e nos Campos de Férias de Verão organizados pela empresa.

Pukaka
Fotografia: Pukaka

Pukaka

Num mundo dominado pela tecnologia, os designers Isabel Vaz e Nuno Dias ousaram criar uma marca e abrir um espaço no Seixal só com brinquedos feitos em papel 100% reciclado, que também pode mandar vir da Internet para casa ou comprar em diferentes museus e lojas por este Portugal fora e até no estrangeiro. O objectivo é pôr os miúdos a criar: aprenderem a dobrar, colar e até a fazerem a cabeça de um robot de papel girar. No final, vão poder brincar com as obras de arte que criaram sozinhos ou em família.

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Elou
Fotografia: Elou

Elou

Diga olá (ou Elou) aos brinquedos em cortiça desta marca portuguesa, fundada por António Aguiar, que pisca o olho ao antigamente com propostas bem modernas. São helicópteros e foguetões, blocos de encaixe e jogos de equilíbrio, barcos à vela e animais aquáticos para o banho e até um ginásio de bebé – tudo produzido com uma matéria-prima ecológica, 100% nacional e muito sensorial. Melhor ainda é o facto de não implicar o abate de árvores, ao contrário da madeira (a alternativa sustentável do mercado de brinquedos, quando é proveniente de florestas certificadas ou excedentes). Mas em certos brinquedos, como os carrinhos de puxar, são usados outros materiais naturais e nacionais como fio de algodão, feltro de lã, borracha natural e madeira com certificação FSC. Com fábrica na Lourosa, está disponível online em lojas como a Ehgoom.

Woodideas
© Woodideas

Woodideas

Uma família de Valongo começou a fazer brinquedos em madeira para o filho, mas agora todos podem brincar. A Woodideas é uma marca de brinquedos artesanais, naturais e amigos do ambiente, criada por um casal de biólogos. Feitos de madeira (pinho, faia, mogno ou cedro) proveniente de excedentes da área imobiliária e sem qualquer aplicação de cor, os brinquedos são maioritariamente esculpidos do zero pelo pai, Pedro Ribeiro, com as mais variadas ferramentas, recorrendo a gravação e corte por laser. A mãe, Filipa Melo, ajuda nos contactos, encomendas, produção, embalamento e envio. Para já está apenas disponível online, através do Facebook, Instagram ou e-mail, mas há propostas para todas as idades, desde roquinhas para os primeiros meses de vida até um tangram, para crianças que estão agora a aprender as letras.

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So-So
Fotografia: So-So

So-So

Aqui há gato, nem tudo o que vem à rede é peixe, cão que ladra não morde e quem anda à chuva molha-se não são apenas expressões tipicamente portuguesas: são brinquedos da So-So, a marca de objectos em madeira que os arquitectos Maria do Rosário Santos e João Paulo Marques criaram. Plástico? Não, obrigada. Produção em série, idem, idem, aspas, aspas. Depois de desenhadas pela Maria, todas as peças saem das mãos do João: são esculpidas, lixadas e acabadas na sua oficina em Cascais. A produção em pequena escala, onde cada peça demora o seu tempo a ganhar vida, torna esta marca, que é reflexo das histórias e tradições do país, verdadeiramente singular.

Bleeba
Fotografia: Bleeba

Bleeba

Ana Ferreira e Luís Leite, dois arquitectos do Porto, criaram uma marca de brinquedos sustentável, produzida localmente com matérias-primas certificadas, provenientes apenas de Portugal e da Europa, de forma a minimizar a pegada ecológica. Assim, dizem, reduzem as cargas ambientais e as despesas associadas ao transporte. Mas falemos dos objectos, que chegam aos compradores em caixas de cartão reciclado. Vendem carimbos em madeira para xilogravura, puzzles em madeira e cortiça, e almofadas com formas de animais em poliuretano fabricado em Portugal. Sempre dentro de temáticas como a selva, o mar, o campo e a floresta, e recorrendo a “materiais naturais, quentes e com texturas ricas”, afiançam.

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