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Serralves recebe primeira exposição em Portugal de Tarek Atoui

De 24 de Fevereiro a 28 de Agosto, o Museu e o Parque de Serralves vão acolher a primeira exposição em Portugal do artista e compositor electroacústico Tarek Atoui.

Escrito por
Ana Patrícia Silva
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A primeira das grandes exposições que Serralves apresentará durante o ano de 2022 pertence a Tarek Atoui (Beirute, Líbano, 1980). O artista e compositor electroacústico trabalha em composições de grande escala que resultam de uma investigação antropológica, etnológica, musicológica e técnica. De 24 de Fevereiro a 28 de Agosto, apresentará no Museu e Parque de Serralves "Waters' Witness / O Testemunho das Águas", a sua primeira exposição em Portugal.

As exposições de Tarek Atoui "cruzam instalação, performance e ensinamentos em processos que se afastam da noção convencional de performance – tanto do ponto de vista do performer como do público – e que sugerem formas visuais, auditivas, tácteis e somáticas de experienciar o som", lê-se no site de Serralves.

Esta exposição faz parte do projecto I/E, em curso desde 2015, que apresentou em Serralves em 2018. O projecto regista os sons de cidades portuárias – como Atenas, Abu Dhabi, Singapura, Beirute ou o Porto –, gravando as actividades industriais, humanas e ecológicas dos seus portos. Ao trabalhar em parceria com Eric La Casa, artista e especialista em gravação de som, escutaram os sons abaixo da superfície do mar ou dentro de materiais como metal, pedra e madeira.

Em "Waters’ Witness", as gravações áudio dos portos de mar de Atenas, Abu Dhabi e Porto são reproduzidas através de materiais escolhidos para cada uma das localizações: blocos de mármore de Atenas, vigas de aço de Abu Dhabi e estruturas de madeira que albergam composto, vermes e material orgânico, especificamente produzidas para a apresentação em Serralves.

O trabalho com material orgânico em decomposição conduz a "uma ecologia acústica que recebe e perpetua sons residuais através das fronteiras audíveis de um mundo em fluxo". Esta paisagem sonora única estende-se da sala central do Museu até ao Parque, sob a forma de "constelações sonoras, plataformas e sistemas de som, activados ao longo de todo o período de permanência da exposição em performances programadas, workshops colaborativos e oficinas educativas".

A exposição abrir-se-á a um grupo de músicos e de artistas portugueses, assim como a estudantes de escolas de artes convidados a dialogar e interagir com os trabalhos instalados. Para além de workshops colaborativos e de formação, serão organizadas performances e os artistas poderão intervir e envolver-se com uma diversidade de sons que farão parte da exposição em diferentes fases, desde o seu despertar no Inverno até ao encerramento no Verão. A noite de inauguração contará com uma performance sonora de Tarek Atoui, Alan Affichard e Diana Combo, às 22.00, e para o dia 13 de Março está já marcada uma actuação da trompetista Susana Santos Silva.

"Waters’ Witness" é uma produção do Museum Fridericianum (Kassel, Alemanha), da Fundação de Serralves e do Musée d’Art Moderne Grand-Duc Jean (Kirchberg, Luxemburgo), em estreita colaboração com o artista. Em Serralves, a exposição tem curadoria de Filipa Loureiro e contou com o apoio da Galeria Chantal Croussel, em Paris.

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