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Pigafetta - Diário de Viagem é uma peça de teatro duracional. Arranca hoje, às 21.00, para só acabar um dia depois. Uma criação de David Colorado (México) e Marcos Barbosa que termina a programação cultural das Carpintarias de São Lázaro para 2017, que vão agora iniciar a segunda fase de obras.
Em 1529, António Pigafetta instalou-se como sombra de Fernão Magalhães nessa descoberta do desconhecido. Daí veio um diário de viagem imperdível, e também este espectáculo cénico criado por David Colorado e Marcos Barbosa, os homens do leme neste Pigafetta - Diário de Viagem, para o qual também contaram com a colaboração artística de Fadi Skeiker (Síria) e Lautaro Vilo (Argentina).
E quando dizemos que esta aventura tem 24 horas é porque tem mesmo, não há cá sessões nem idas à casa de banho quando bem lhes aprouver. É uma peça-jornada, que partiu do “relativo desconhecimento português sobre o assunto”, afirma Marcos Barbosa, antes de acrescentar que na América Latina acontece o oposto: é uma obra bastante popular.
Se for capaz de suspender a sua vida e aguentar esta epopeia atire-se de cabeça, calce galochas, não vá o mar virar tumulto, e deixe-se ficar. “A peça propõe a viagem como um processo de transformação, pessoal e colectiva. A importância do ritual. A dificuldade do silêncio. A necessidade dos mapas.”, explica.
O bilhete não tem preço, é deixado ao critério do espectador contribuir com a quantia que achar mais adequada. Os criadores esperam que os “ajudem nesta luta contra o cansaço, o silêncio, a solidão”, concluem.
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