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C.B. Cebulski é o novo director editorial da Marvel Comics, ou seja, o responsável máximo pelos livros de banda desenhada da empresa americana. Substitui Axel Alonso, que ocupava o cargo desde 2011.
Esta mudança era previsível, dado que a Marvel já viveu melhores dias. Apesar de continuar a ser líder no sector, tem vindo a perder leitores, artistas e escritores, sobretudo para a principal concorrente, a DC. A saída mais sonante foi a de Brian Michael Bendis, que durante anos foi um dos principais arquitectos da editora e há umas semanas anunciou que ia mudar-se para a DC.
Além desta e de outras saídas, a DC passou os últimos 18 meses a ser elogiada pela crítica e fãs, enquanto a Marvel está a lidar com uma crise de identidade. Uma consequência de estratégias e políticas editoriais equivocadas e da introdução, num meio tradicionalmente conservador, de demasiadas novas encarnações de velhas personagens em relativamente pouco tempo: uma mulher-Thor, um Capitão América negro, um Hulk asiático, etc. Um esforço louvável, mas mal recebido por muitos leitores.
A ideia é que a chegada de Cebulski contribua para um regresso à boa forma dos primeiros anos de Axel Alonso. Na altura era a DC quem estava a lidar com uma crise de identidade, na sequência da introdução dos chamados Novos 52, livros mensais que reimaginaram as principais personagens da marca (Super-Homem, Mulher-Maravilha, Batman...).
Mas não se pense que esta é uma mudança brusca; é uma promoção interna. Depois de uns anos a trabalhar como escritor e tradutor, Cebulski juntou-se à Marvel a tempo inteiro em 2002, como editor-adjunto, tornou-se o responsável pela descoberta e gestão de talentos, e desde 2011 era vice-presidente, com responsabilidade pela gestão internacional da marca.