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Entrevista a Cassandra Scerbo: “O Sharknado é a razão do Donald Trump ser presidente”

Renata Lima Lobo
Escrito por
Renata Lima Lobo
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Estreia sexta-feira no SyFy o filme Sharknado 5: Voracidade Global e nós estivemos à conversa com Cassandra Scerbo

Desde 2013 que há um Sharknado por ano. Desta vez a aventura é à volta do mundo e como tem sido hábito há muitos actores convidados para identificar (desta vez são às dezenas). Ao quinto filme temos direito a Olivia Newton John, Bret Michaels, Samantha Fox ou mesmo a Fábio (modelo e actor), que interpreta o Papa. A habitué Cassandra Scerbo – que interpreta Nova, umas das personagens chave desta tempestade imperfeita – passou por Lisboa e depois de trocarmos de lugar para os fotógrafos apanharem o melhor lado da actriz, seguiu-se a entrevista.

Estás a gostar de Lisboa?
Cheguei hoje a Portugal, mas é lindíssimo. No avião vinha a olhar pela janela e fiquei maravilhada.

Há imensas celebridades a comprar casa em Lisboa. Planeias fazer o mesmo?
Sim! Adorava fazer isso. Vamos pôr isso no futuro.

Ok, agora sobre o Sharknado. Quando te abordaram pela primeira vez e te propuseram interpretar a personagem Nova num filme chamado Sharknado, o que te passou pela cabeça?
Era uma insanidade absoluta, tão maluco que não podia dizer não. E tinha de ver do que se tratava. Eu tinha saído de uma série de televisão onde interpretava uma ginasta, a Make It Or Break It [As Ginastas], e isto era diferente. E a Nova era um personagem tão fixe. Toda a série de filmes é pateta, mas ela é tão fixe que não quero saber. Até porque ela traz para a história uma personagem tipo mulher independente. É tão feroz e determinada que até a admiro. É uma honra interpretar a Nova.

A propósito, li que gostas de papéis ao estilo da Lara Croft. Não achas que a Nova ganhava numa batalha com a Lara?
Acho. Mostra o que vales Lara! A Nova é realmente dura e desta vez construiu a sua própria irmandade de mulheres. Ela não brinca em serviço. Formou o próprio exército, por isso eu não me meteria com ela. No filme, a irmandade opera a partir da Sydney Opera House, têm lá a estação de batalha e muitos dos cameos fazem parte dessa irmandade. A evolução da história da Nova tem sido gira, os argumentistas fizeram um bom trabalho com isso.

Vais ter novas armas incríveis?
Sim! No início do filme ela mata um tubarão com umas garras tipo Wolverine. É provavelmente a minha arma preferida deste filme.

Foste o cliffhanger do Sharknado 4: The 4th Awakens (2016).
Eu sei!

E aterraste na praia em cima da Torre Eiffel. Bom, o que estavas a fazer em Paris? A reunir a tal irmandade?
Vamos ver. Aconteceram muitas coisas e vão perceber que há alguém do último filme, se calhar vais adivinhar quem, que sempre fez parte da irmandade. A irmandade já existe há algum tempo, mas tem sido mantida em segredo. Neste filme as tempestades tomaram todo o planeta e o Gil está preso num tornado. Então ela chama o seu exército para ajudar a salvá-lo.

Nova é uma favorita dos fãs, mas porque é que apenas a vemos nos filmes ímpares?
A verdade é que nunca houve um acordo para vários filmes. Ninguém sequer pensou que o primeiro ia ser um fenómeno. É tudo baseado nas classificações dos filmes e quantos espectadores temos em cada um. Fui convidada para participar no Sharknado 4, mas infelizmente não pude participar por questões de calendário. Espero que isso não aconteça se houver um Sharknado 6.

Se houver?
Sim...

Ok. Quão divertidas são as filmagens?
Oh meu Deus, é muito divertido. É como um desastre, mas de uma forma engraçada. E interpretar num filme como o Sharknado é um grande desafio. Temos de caminhar uma linha tão ténue entre entrar na piada e ser um bom actor ao mesmo tempo. Só porque é pateta não quer dizer que as tuas habilidades vão pelo cano abaixo. E depois dão-te um pau e pedem-te para imaginar cenários loucos que não existem na vida real. Olhar para um pau na parede e dizerem-te “reage a um sharknado” é bastante desafiante. Porque pensas: como é que genuinamente eu reagiria neste tipo de cenário? Nunca ninguém viu um sharknado verdadeiro.

Algumas cenas são de facto patetas. É difícil controlar o riso durante a maioria das cenas?
Na maioria sim. Rimo-nos muito. Muitas vezes olhamos uns para os outros e perguntamos “o que é que se está a passar?” ou “o que é que estamos para aqui a dizer? É absurdo”.

Há muitos actores convidados nos Sharknado. Quem seria para ti o convidado perfeito?
Adorava dizer Meryl Streep ou Robert de Niro. Contracenar com eles seria fabuloso, claro. Mas eu já trabalhei com a Betty White e acho que ela seria hilariante no Sharknado. Ia rockar aquilo e seria excelente para a irmandade.

“Make America baite again” é uma tagline do Sharknado 5: Voracidade Global. E na verdade o Donald Trump chegou a ser convidado para interpretar o presidente dos EUA no Sharknado 3: Hell No (2015). O que dirias a isso: hell no ou hell yes?
Eu não diria nada, porque aprendi a não falar de política. Mas teria sido hilariante e interessante uma vez que ele agora é mesmo o presidente. Tem graça, porque os nossos produtores gostam de dizer que atiraram essa hipótese para o universo. E que o Sharknado é a razão do Donald Trump ser presidente.

Todos os Sharknado piscam o olho aos geeks com referências a séries ou filmes como O Feiticeiro de Oz, A Guerra das Estrelas ou mesmo ao Christine, do John Carpenter. Também és geek?
Acho que me fui tornando mais desde que faço parte do Sharknado, até porque vamos às Comic Cons. Mas eu sou mais virada para filmes de acção que tenham poderosos personagens femininos, como a Lara Croft ou a Mulher Maravilha. Sou geek em relação a isso.

O SyFy tem imensos filmes com tubarões. Mas o que torna o Sharknado diferente?
A verdade é que não sei. Não percebo. Arranjámos forma de curar a receita perfeita que ninguém conseguiu copiar noutro filme de tubarões. Às vezes em Hollywood as coisas apenas acontecem e não sabemos porque se tornam fenómenos. Sinceramente acho que o nome do filme teve muito a ver com isso. Era para se chamar Dark Skies. O nome Sharknado em si mesmo é uma loucura.

A antestreia foi ontem no El Corte Inglés
SyFy

 O filme estreia sexta-feira no canal SyFy às 21.20.

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