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Duas grandes exposições anuais – uma de Verão (com entrada gratuita), outra de Inverno – quatro exposições por ano numa nova plataforma, o Espaço Projecto, as mostras das Conversas e uma exposição de arte moderna permanente: "Colecção Moderna – Portugal em Flagrante". Este é o novo modelo de programação da Fundação Calouste Gulbenkian criado pela directora Penelope Curtis e que inaugura esta sexta-feira. A Gulbenkian passa assim a ter dois grandes pólos permanentes: "A Coleção do Fundador" e a Moderna, que substitui o anterior CAM – Centro de Arte Moderna.
A exposição da "Colecção Moderna" quer traçar uma história das práticas artísticas em Portugal a partir do século XX, desde as caricaturas da Primeira República à influencia de artistas estrangeiros por volta dos anos 60. São 340 obras – incluindo instalações e outros suportes tridimensionais – com núcleos dedicados às obras em papel, à escultura e à pintura, reunindo-se 160 artistas, de Paula Rego a David Hockney, com grande foco em portugueses como Pedro Cabrita Reis, Júlio Pomar ou José Pedro Croft, em relação com artistas mais jovens que repensam as influências deste passado recente.
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No Espaço Projecto, que quer dar voz à experimentação de artistas mais jovens e dar espaço à criação de novas obras ou evolução de outras antigas, a programação começa com o húngaro Támas Kaszás a pensar sobre o tema "Alegria e Sobrevivência" (até 15 de Maio) – a forma como uma vida sustentável de permanente reciclagem pode trazer felicidade e religar uma comunidade a uma floresta. A arte transforma-se assim num meio para uma vida "simples e feliz".
Na plataforma Conversas, Manuela Marques e o Palácio de Versailles entram em diálogo na exposição de fotografia "A face Escondida do Sol" (até 22 de Maio). Quando as portas do Palácio fechavam, a vencedora do Prémio BES Photo 2011 passeava pelo edifício e pelos jardins. O resultado tem os esperados detalhes em talha dourada, mas também graffiti e todo o lado contemporâneo do monumento.
Para a experiência completa, não esquecer os jardins, que não sendo novos vão estar de cara fresca com a chegada da Primavera, e a cafetaria do museu, que está agora a ser dirigida pelo chef Miguel Castro e Silva, com os seus pratos de sempre e outros de agora.