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E quando nos perguntam sobre o vinho que gostamos e nós não sabemos responder muito bem? “Muita gente sabe dizer se gosta ou não de um determinado vinho, mas não sabe explicar porquê”, diz Rafael Lemos, que nos quer ajuda exactamente neste tipo de ocasiões. Para isso criou a Wime, uma espécie de lição sobre vinhos vendida numa caixa.
Do mais ou menos complexo, do mais ao menos frutado, cada caixa traz pelo menos quatro vinhos diferentes e um manual de prova que lhe ensina como beber um copo com confiança mas sem snobismos: rodar, cheirar, beber e tirar conclusões. “A ideia é democratizar este mundo do vinho que por vezes pode ser assustador e cada um gosta do que gosta”, diz Rafael que, com a ajuda do sommelier Rodolfo Tristão, presidente da Associação de Escanções de Portugal, criou três caixas de prova: a mini, com doses pequenas em tubos de ensaio para uma ou duas pessoas (19,99€); a de quatro garrafas (39,90€); e a de seis (59,90€). No final, e com a leitura da explicação sobre a complexidade e a intensidade da fruta no vinho ficam identificadas as características que um consumidor prefere.
Rafael garante que não é preciso ter conhecimento prévio para entrar neste bê-a-bá do vinho. Os rótulos podem ser vagos e usar frases metafóricas para indicar elementos como a acidez, a madeira, a doçura ou o álcool, e o objectivo é que, depois desta experiência vínica consiga traduzir isso em termos mais objectivos.
A Wime criou ainda um questionário online que tira conclusões sobre o palato de cada um, mas não se feche nas palavras mágicas e salvadoras que esta projecto lhe atribuir como sendo o seu paladar. “O paladar vai mudar ao longo do tempo, à medida que as aprendizagens vão acontecendo, à medida que se vão experimentando novos vinhos”, garante Rafael. É começar já a desbravar caminho.
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