★★★☆☆
A série de Augusto Fraga para a Netflix tem uma apresentação, um aparato, uma solidez global e ambições bastante acima da média nacional.
★☆☆☆☆
Em 1999, Philip Noyce realizou O Coleccionador de Ossos, adaptação ao cinema de um dos livros da série do escritor Jeffery Deaver que tem como herói Lincoln Rhyme, um antigo e brilhante detective de homicídios que ficou quadriplégico e retido em casa, mas que investiga casos com a ajuda dos seus antigos colegas, e em especial da agente Amelia Doneghy, que vai onde ele não pode ir e faz as vezes dos seus olhos e ouvidos. Denzel Washington interpreta Rhyme e Angelina Jolie é Doneghy, e o filme, não sendo um clássico do thriller, é perfeitamente potável. Vinte anos depois, e considerando o sucesso da fita e a popularidade dos livros de Deaver sobre Lincoln Rhyme nos EUA, alguém se lembrou de fazer uma série de televisão baseado neles, Lincoln Rhyme: Caça ao Coleccionador de Ossos (RTP1, Sex 00.45). Não foi boa ideia. Para quem viu o filme, os actores desenxabidos que interpretam o detective imobilizado e a sua parceira, nem de perto nem de longe se podem medir com Washington e Jolie, de modo que nem vale a pena perder tempo com esta transcrição menoríssima para televisão. Quem não conhece O Coleccionador de Ossos, vê-se aqui perante mais uma série sobre serial killers que é o equivalente televisivo daqueles livros de ligar os pontinhos para crianças. E siga.
