Ghosts
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‘Ghosts’. Aqui há muitos fantasmas

Os autores deste remake norte-americano (FOX Comedy) tiveram o bom senso de se manterem muito fiéis ao estilo de humor do original inglês.

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★★★☆☆

Na já longa história de versões americanas de séries cómicas inglesas de sucesso, há triunfos como Uma Família às Direitas (remake de Till Death Do Us Part) ou Three’s Company (de Man About the House); e fracassos como as três tentativas de americanizar a genial Fawlty Towers. O mais recente destes remakes é Ghosts (FOX Comedy, Seg/Sex 21.25) que transpõe para os arredores de Nova Iorque a premissa da série inglesa homónima, e funciona mais do que aceitavelmente. Um casal citadino, Jay e Samantha, herda uma enorme mansão de um parente distante de um deles, e pensa em transformá-la num hotel de charme. Só que a casa é assombrada por um punhado de fantasmas de várias épocas históricas que lá morreram (e que vão desde um rude viking a um debochado corretor da bolsa), ou no campo em redor.

Os espectros tentam expulsar o casal assustando-o mas não conseguem, até que Samantha tem um acidente provocado por um deles e fica em morte clínica durante alguns minutos. Quando volta à vida, consegue ver os fantasmas e falar com eles, chegando vivos e mortos a um acordo de coabitação. Os autores deste Ghosts americano tiveram o bom senso de se manterem muito fiéis ao estilo de humor, à definição das personagens e ao tipo de peripécias cómicas do original inglês, e o riso continua a brotar quer da interacção de Samantha com o grupo de fantasmas (já que Jay não os consegue ver e tem que usar a mulher como mediadora), quer da destes entre eles. A série inglesa foi inicialmente concebida para um público infanto-juvenil, que depois se alargou para os espectadores mais velhos. O que já não sucede com este Ghosts made in USA, que aponta a um público médio que quer ser bem entretido e dar umas sonoras gargalhadas, mas dispensando o humor pueril ou apalhaçado. Humanos e fantasmas conseguem divertir-nos equilibrando com destreza piadas e gags, humor negro e farsa clássica. 

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