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Capitães do Açúcar
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‘Capitães do Açúcar’: droga, sensaboria e clichés

Mais uma daquelas ficções nacionais escanifobéticas, esquálidas e sensaboronas que a RTP parece apostado em nos infligir regularmente.

Escrito por
Eurico de Barros
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★☆☆☆☆

Um grupo de jovens amigos artistas, que não têm onde cair mortos e andam metidos com drogas, convencem um estudante de Farmácia a substituir o seu “cozinheiro”, que os deixou. Ele concebe uma nova substância a que dão o nome de “açúcar”, e acabam todos por se envolver com um perigoso malfeitor. Esta é a premissa de Capitães do Açúcar (RTP1. Seg 23.05 / RTP Play), mais uma daquelas ficções nacionais escanifobéticas, esquálidas e sensaboronas que o serviço público parece apostado em nos infligir regularmente, e em que nem o mais acrisolado patriotismo torna possível investir a nossa atenção e o nosso interesse. É um conjunto de personagens tipificadas, de situações feitas, de peripécias requentadas e de estereótipos fatigados que já vimos em muitas outras séries e filmes ambientados no meio da droga, baralhados de qualquer forma e reproduzidos em modo menor e num tom confuso, com um orçamento que não dá para grandes voos, e um elenco desequilibradíssimo e dirigido às três pancadas (o vilão fala como se tivesse ingerido uma dose cavalar de tranquilizantes ou visto filmes de Manoel de Oliveira a mais, e o que era suposto ser ameaçador nele é apenas risível). Como se isto não bastasse, o plano final do último episódio parece ameaçar com uma segunda temporada. Valha-nos Santa Clara de Assis, padroeira da televisão.

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