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“Barbas” em risco de perder restaurante na Costa da Caparica (e não é o único)

Projecto de requalificação da Câmara de Almada põe em causa mais de 20 restaurantes na zona.

Cláudia Lima Carvalho
Escrito por
Cláudia Lima Carvalho
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É um dos restaurantes mais conhecidos da Costa da Caparica, muito por causa da sua devoção ao SL Benfica, e está, segundo o Público, em vias de ver os seus dias de glória chegarem ao fim, depois de a Câmara Municipal de Almada ter comunicado o fim da concessão. Em causa não está apenas O Barbas, mas “mais de duas dezenas de restaurantes” na mesma linha, avança o jornal.

“O nome Barbas já é conhecido na Costa há 45 anos e agora, pelos vistos, estão a dar-me um prazo para ir embora”, reagiu ao Público António Ramos, também conhecido por “Barbas”, mostrando-se surpreendido pela ordem de despejo, depois de já ter investido mais de um milhão de euros nos seus dois restaurantes, praticamente lado a lado. O empresário recorda que esse investimento foi feito no seguimento de uma outra decisão da autarquia, que o obrigou a “mandar abaixo” o anterior restaurante como parte de um programa de requalificação da zona. 

Em resposta ao mesmo jornal, a Câmara de Almada, liderada por Inês de Medeiros, revelou que vão ser lançados concursos públicos “com a maior celeridade possível, estando igualmente em definição os termos que irão regular as futuras concessões”. De acordo com a autarquia, não está em causa “a continuidade da oferta de restauração de qualidade nas praias da Costa de Caparica”.

“Ninguém nos liga nenhuma”

Neste momento, há vários restaurantes com providências cautelares contra o fim das concessões, motivo que tem adiado o lançamento do concurso. O advogado Paulo Edson Cunha, que representa alguns dos lesados, explica que “os restaurantes que foram abrangidos pela primeira fase [da reabilitação da Costa da Caparica], que abrange apenas a frente urbana e que são estes que agora estão na situação de ficarem sem os espaços, acabaram prejudicados, porque os restantes continuaram abrangidos pelo regime geral que lhes dá uma concessão quase vitalícia”. Paulo Edson Cunha acusa ainda o executivo de Inês de Medeiros de recuar nas negociações que tinham acontecido há cerca de três e que tinham dado mais tempo de concessão aos restaurantes. 

Ainda ao Público, António Ramos mostrou-se revoltado: “Não me estou a ver sair daqui. É o Barbas que traz pessoas à Costa de Caparica, não é a Câmara. Ninguém nos liga nenhuma. Só servimos para dar apoio às praias. Pagamos aos nadadores-salvadores no Verão e não é assim tão pouco como isso. E agora querem-me pôr daqui para fora”.

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