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A Netflix começa a exibir esta sexta-feira a segunda temporada de Por Treze Razões, marcada pela controvérsia que surgiu com o autor do livro em que a série se baseia originalmente.
Um guia de debate e um novo conjunto de vídeos nos quais o elenco de Por Treze Razões aborda problemas focados na série, tais como a agressão sexual, o suicídio adolescente
e o abuso de substâncias tóxicas, são algumas das ferramentas que a Netflix disponibilizou para antecipar e preparar a estreia, na sexta-feira, da segunda temporada desta produção originalmente baseada no livro 13 Reasons Why, de Jay Asher.
O escritor não está associado a esta segunda temporada, na sequência da sua expulsão, em Fevereiro, da Society of Children’s Book Writers and Illustrators, devido a alegações de assédio sexual.
Asher negou, em declarações públicas, quer tais alegações, quer a expulsão, dizendo que foi ele que escolheu abandonar aquela associação. No entanto, a querela entre o autor e a Society of Children’s Book Writers and Illustrators foi suficiente para que a Netflix se distanciasse de Jay Asher.
Esta nova temporada centra-se no rescaldo da morte de Hannah e no início das fases complicadas nas vidas de cada personagem em direcção à recuperação e convalescença.
A recuperação de Jessica vai estar em particular destaque, para que a série se possa debruçar em mais pormenor “sobre o que significa passar de vítima a sobrevivente de uma tentativa de abuso sexual”, frisou Brian Yorkey, o coordenador e argumentista de Por Treze Razões.
O liceu Liberty High vai a tribunal, mas há quem tenha interesse em esconder os detalhes sobre a morte de Hannah. Uma série de polaróides sinistras levam Clay e os colegas a descobrir um segredo doentio e uma conspiração para o encobrir.
A Netflix adiantou ainda que serão apresentadas novas (e inesperadas) perspectivas sobre a história da malograda Hannah; que a série continuará a ter um narrador; e que o grande tema que esta segunda temporada de episódios vai explorar, e dramatizar, será “a forma como os rapazes são criados para se tornarem homens e a maneira como a nossa cultura trata as raparigas e as mulheres – e o que todos podemos fazer para melhorar ambos os casos.”