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A segunda vinda de Deadpool

Luís Filipe Rodrigues
Escrito por
Luís Filipe Rodrigues
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As expectativas em torno de Deapool 2, de David Leitch, são elevadas. Da parte dos fãs e da produtora Fox.

O primeiro Deadpool foi uma surpresa. Poucos acreditavam que Ryan Reynolds, um actor banalíssimo, já com um péssimo filme de super-heróis no currículo – Lanterna Verde de Martin Campbell, um dos piores do género – e que até tinha vestido a pele de Deadpool no igualmente mau X-Men: Origens – Wolverine, de Gavin Hood, conseguisse fazer algo de jeito com o personagem. Mas ele acreditava. E mesmo quando a Fox parecia ter desistido do filme, ele fez de tudo para levar o projecto avante, mantendo-se fiel à visão dos argumentistas. E lá conseguiu.

Realizado por Tim Miller, a partir de um argumento de Rhett Reese e Paul Wernick, Deadpool foi um sucesso colossal, com um orçamento de 58 milhões de dólares e 783,1 milhões de receita de bilheteira. São valores notáveis, mais ainda para um filme violento e meta-referencial, interdito nos Estados Unidos a menores de 17 anos sem acompanhamento parental (o chamado Rated R).
E não só foi lucrativo como foi bem recebido pelo público e alguma crítica, chegando a muita gente que normalmente não tem paciência para super-heróis.

É por isso natural que as expectativas em torno da sua continuação sejam elevadas. Mas talvez não seja má ideia refreá-las. Tim Miller abandonou o projecto numa fase inicial, em conflito com Ryan Reynolds, que depois do êxito do primeiro capítulo exigiu um maior controlo criativo – além de protagonista e produtor, agora é um dos argumentistas. David Leitch é o novo realizador. Por outro lado, como qualquer sequela, Deadpool 2 vai ser maior, mais ambiciosa, com múltiplas peças em movimento. O que pode ser um problema, dado que um dos principais pontos a favor do original era o facto de ser relativamente circunscrito, dentro do género, com poucos personagens, mas bem desenvolvidos.

Nesse sentido, há uma série de novidades saídas directamente dos livros de banda desenhada da Marvel. A começar por Cable, um viajante no tempo interpretado por Josh Brolin, o Thanos de Vingadores: Guerra do Infinito – outro filme baseado nos heróis da Marvel que ainda se encontra no cinema. Ao contrário do que acontece na BD, porém, onde os dois personagens têm uma relação de alguma camaradagem e são habituais aliados, aqui encontram-se em lados opostos das barricadas, com Deadpool a tentar defender um órfão (Julian Dennison) de Cable, que viajou no tempo para matar o rapaz.

Outros novos personagens são Zazie Beetz, no papel de Domino, Terry Crews, como Bedlam, Lewis Tan, como Shatterstar, e Bill Skarsgård, que encarna Zeitgeist. E mais uns quantos nomes que não conhecemos dos comics.

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