As melhores praias no Porto e arredores

É o ponto de encontro de muitos portuenses na altura do Verão. Fica em Vila do Conde, a meia hora do Porto e, ao contrário do que é habitual nas praias do Norte, é resguardada da nortada, por causa dos seus grandes penedos junto à água. Também é boa para os miúdos: o areal tem dois quilómetros de extensão e, por isso, é propício para jogos de raquetes, vólei ou futebol. O melhor de tudo é que fica a sul da Reserva Ornitológica de Mindelo, uma zona de grande interesse na área de conservação da natureza, que tem quase nove quilómetros de costa repletos de cordões dunares, onde nidificam várias espécies de aves, zonas húmidas, bouças e terrenos agrícolas.

Tem tudo o que é preciso para ser secreta: a localização numa zona rural e os acessos sinuosos por ruas estreitas. O problema é que quem a conhece rapidamente se apaixona e nunca mais quer outra coisa. Ao fim-de-semana é concorrida, e os banhistas ocupam os guarda-sóis, pára-ventos e cadeiras que há para alugar. Também tem passadiços enquadrados na paisagem e o mais provável, nesta altura do ano, é cruzar-se com os peregrinos que rumam a Santiago de Compostela e que seguem pelo Caminho Português da Costa. Se estiver com tempo, dê um salto ao Castro de São Paio, o único castro marítimo em território português. Habitado por antigos pescadores e produtores de sal, terá sido abandonado quando chegaram os Romanos, por volta do ano 20 A.C.

É das melhores e mais seguras da zona. Tem vigilância, barracas para alugar, um bar mesmo em cima da areia e um lado histórico que também é importante sublinhar: foi nesta praia que, durante as Guerras Liberais, D. Pedro IV desembarcou, em 1832, com um exército de 7500 homens, para combater as tropas do seu irmão D. Miguel. Para relembrar a sua vitória, foi mandado erguer o Obelisco da Memória. A primeira pedra foi lançada a 1 de Dezembro de 1840, mas o obelisco só ficou concluído 24 anos depois. E se a forte ondulação atrai muitos surfistas, o parque infantil e as peças poças abrigadas entre as rochas, mais a norte, já na Praia do Marreco, são um sucesso entre a pequenada. 

Com bonitos passadiços, vegetação natural, boas condições para a prática de surf e bodyboard e bares de praia concorridos durante todo o ano, a Praia do Aterro é sucesso garantido. O L'Kodac, por exemplo, é um dos spots mais em voga para beber um cocktail (ou sangria, cerveja, sumo…) e ver o pôr-do-sol depois de uma jornada de trabalho. Se lhe apetecer relaxar noite dentro, têm snacks e tábuas para partilhar, mas também pratos mais compostos, como a vazia maturada ou o camarão grelhado. A dois minutos a pé sobre o areal e com a mesma vista para o mar, fica o Xiringuito, igualmente famoso. Tem música ao vivo; uma oferta de bar invejável, recheada de gins, licores, vodkas e muito mais; e diversos petiscos, dos carpaccios, às gambas ao alho, passando pelos pimentos padrón, pelos ovos rotos e asinhas de frango com molho barbecue. 

Se gosta de dar uns mergulhos e tem um pequeno geólogo dentro de si, esta é a praia certa. Provavelmente não sabia, mas a praia de Lavadores é um autêntico museu geológico ao ar livre. Tudo por causa da variedade de rochas graníticas que por lá existem e que se formaram há cerca de 300 milhões de anos a partir do magma que se consolidou no interior da crosta terrestre, a alguns quilómetros de profundidade.

Com um extenso areal que convida a momentos de descanso ou passeios à beira-mar, a praia da Madalena é uma das mais procuradas de Gaia. Se andar sempre com sapatilhas na mala do carro, calce-as e percorra o passadiço de madeira.

Foi eleita, em 2015, uma das praias mais bonitas da Europa pelo European Best Destination, muito por culpa da capela do Senhor da Pedra, o ex-líbris da zona (em 1686 foi erguida sobre os rochedos e, segundo reza a lenda, antes de se converter ao cristianismo era um altar pagão). Leve os gaiatos: o parque infantil à entrada, o areal propício a jogatanas e o bar com refeições ligeiras e gelados são antídotos para qualquer birra.

Primeiro facto: Vila Nova de Gaia está muito bem servida ao nível de praias. Segundo: a da Aguda é uma das mais bonitas e completas em termos de infra-estruturas de apoio, com barracas para alugar, nadador-salvador, sanitários e posto de socorro. Como fica numa vila piscatória, é normal ver barcos e redes de pesca no mar e em pleno areal, que, apesar de grande, não costuma ter muita gente.

Não faltam surfistas na Praia da Sereia, em Espinho. Mas não precisa de saber manobrar uma prancha para passar um bom bocado. O areal é bom para caminhadas, o mar tem ondas simpáticas para mergulhos seguros e há almoços apetitosos logo ao lado – para peixe vá ao Aquário Marisqueira, e para tapas aposte no Uma Espécie de Tasco. E como praia não é praia sem bolas de Berlim, também as há.

Os dois paredões a limitar o areal tornam-no especialmente apetecível, de tal forma que é o mais concorrido de Espinho. A água, quase sem ondas, é convidativa. Por isso, se não tiver espaço para estender a toalha, dê um mergulho ou caminhe pelo paredão que rasga o mar.