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No ateliê de... Anastasia Ogorodnikova
Este é o estúdio onde Anastasia Ogorodnikova trabalha e onde ensina os outros a olhar as flores de uma forma diferente. Sejam elas perfeitas, vindas de fornecedores, ou retiradas de um galho encontrado na rua
A primeira vez que Anastasia trabalhou com flores ainda vivia na Ucrânia. Estava na universidade a estudar Marketing quando uma amiga, também florista, lhe pediu ajuda num evento. “Só para tirar as folhas das flores e trazer os baldes com água” conta.
Mas um trabalho aparentemente simples, revelou-se numa grande mudança de vida. Anastasia, de 23 anos, que entretanto começou a gostar de participar na organização de casamentos (também os faz por cá), acabou por deixar o curso para trás e começou a trabalhar como florista a tempo inteiro.
Recomendado: No ateliê de... Joana Duarte
No ateliê de... Anastasia Ogorodnikova


E como é que ela veio cá parar? Depois de algum tempo a viajar pela Europa, Anastasia e o namorado decidiram assentar arraiais na Invicta. Vivem cá há quase um ano e, nos primeiros tempos, Anastasia trabalhou para outras floristas. Apesar de ter gostado da experiência, não se identificou com o estilo clássico e decidiu que o melhor seria criar o seu próprio conceito, “com um estilo mais livre”, acrescenta.
Assim nasceu, há três meses, a Botânica Florista, que “não é uma loja, mas sim um estúdio”, onde Anastasia dá largas à imaginação e cria desde arranjos e buquês, a coroas e pulseiras. Utiliza flores compradas a fornecedores, claro, mas também dá uso às que vai encontrando pela rua.
Na loja há ainda plantas como cactos e suculentas. “Tudo o que se encontra nos livros de botânica está aqui”. Daí o nome do espaço.
Também lança, com regularidade, workshops aos domingos. As sessões mais comuns são as de buquês e arranjos (35€) e os grupos são pequenos para que Anastasia consiga explicar-se melhor, já que o português é a sua segunda língua. Os eventos são sempre anunciados nas redes sociais da loja.
No ateliê de... Anastasia Ogorodnikova

Utensílios
Apesar de ter um estilo diferente das floristas clássicas, Anastasia trabalha praticamente com os mesmos utensílios. Tesoura, alicate, faca e uma ferramenta para remover os picos das rosas são os materiais imprescindíveis no seu dia-a-dia.

Flores
“Tenho sempre flores diferentes durante todo o ano. Mas isso depende muito do que consigo comprar ou encontrar na rua. Também gosto de trabalhar com flores secas, mas infelizmente nem sempre consigo arranjá-las cá. Agora comecei a trabalhar com um fornecedor da Holanda. ” As que vê na fotografia vieram de lá.

Coroas
Se olhar com atenção, vai perceber que pela loja há várias coroas de flores, de tamanhos diferentes, penduradas pelas paredes. Servem para decorar a loja e “para os clientes poderem escolher o tamanho que querem”. Antes de meter mãos à obra, Anastasia selecciona com cuidado flores que fiquem bonitas depois de secas.
As coroas custam entre 10€ e 40€.
Mais ateliês para conhecer
No ateliê de... Oficina Gato Bravo
A teimosia de Sílvia Silva e de Filipa Torres foi o elemento catalisador para a existência deste ateliê. A amizade destas duas artistas plásticas vem da adolescência, quando ambas frequentavam a Escola Artística Soares dos Reis. “Sabíamos que queríamos trabalhar juntas e criar um espaço artístico de trabalho, mas que fosse também um lugar onde pudéssemos vender as nossas coisas”, conta Filipa. Vários anos e muitas tentativas depois, conseguiram, no ano passado, abrir a Oficina Gato Bravo. O nome veio do amor que ambas têm pelos felinos e pelo livro Cages, de Dave Mckean, onde há um “gato que é quase uma personagem principal”. Recomendado: No ateliê de... Oficina dos Violinos & Cia
No ateliê de... Olga Noronha
Olga tem 28 anos, nasceu no Porto e é uma das joalheiras mais irreverentes que temos por cá. Faz joalharia medicamente prescrita, um projecto tão ousado quanto ela, mas já lá vamos.
No ateliê de... Paulo Santos Rodrigo e Raquel Silva e Sá
O senhor Fernandes trava-nos o passo. “Vão subir a pé? É que um primeiro andar neste prédio equivale a um quinto”, diz desencorajador o porteiro, enquanto nos empurra para dentro do elevador e fecha a portinhola de fole.
No ateliê de... Anastasia Ogorodnikova
A primeira vez que Anastasia trabalhou com flores ainda vivia na Ucrânia. Estava na universidade a estudar Marketing quando uma amiga, também florista, lhe pediu ajuda num evento. “Só para tirar as folhas das flores e trazer os baldes com água” conta. Mas um trabalho aparentemente simples, revelou-se numa grande mudança de vida. Anastasia, de 23 anos, que entretanto começou a gostar de participar na organização de casamentos (também os faz por cá), acabou por deixar o curso para trás e começou a trabalhar como florista a tempo inteiro. Recomendado: No ateliê de... Joana Duarte
No ateliê de... Grow Creativity
Ao entrar na Grow Creativity, em Cedofeita, deparamo-nos com uma grandiosa escadaria que nos transporta para o tempo em que Portugal ainda tinha reis e rainhas. Degrau a degrau, vamos descobrindo os detalhes, desde a clarabóia até aos tectos em talha dourada. É no topo das escadas que está Maria João Seabra, fundadora da Grow Creativity, pronta para nos receber e fazer uma visita guiada pelo escritório. Conta que este já foi casa de família, sede do Sindicato dos Enfermeiros, e um escritório da Polícia. “Isto deve ter sido um palacete de duques”, especula, e, à medida que vai avançando pelas salas, vai apontando para os tectos. “Em todos está desenhada uma figura feminina e outra masculina.” Recomendado: No Ateliê de... Anastasia Ogorodnikova