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Minisséries da Netflix
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Onze minisséries da Netflix de ver e chorar por mais

Para ver uma boa série não tem de se comprometer com duas, três ou mais de dez temporadas. A solução está nestas minisséries na Netflix.

Escrito por
Editores da Time Out Lisboa
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As minisséries têm vantagens relativamente às séries e aos filmes. Por um lado, não se arrastam demasiado (como um certo drama médico que nos ocorre). Por outro, permitem desenvolver melhor a história e os personagens. Se não tem paciência para um sem-fim de temporadas, mas apetece-lhe fazer uma maratona ao fim-de-semana (ou, por que não, apenas num dia), há pelo menos 11 minisséries na Netflix que vale a pena ver. Adaptações de livros ou narrativas inspiradas em casos reais, mistérios policiais ou dramas, há propostas para todos os gostos. Só tem de escolher – com a garantia de que não se irá fartar.

Recomendado: As melhores séries para ver na Netflix

Minisséries para ver na Netflix

1. Alias Grace (2017)

Baseada no premiado romance histórico de Margaret Atwood, esta minissérie canadiana de seis episódios acompanha a história de Grace Marks (Sarah Gadon), uma jovem irlandesa condenada a prisão perpétua, no Canadá do século XIX, pelo assassinato brutal do seu patrão e da governanta da casa, Nancy Montgomery (Anna Paquin). Apaixonado por Grace, o psiquiatra Simon Jordan (Edward Holcroft), responsável por avaliar se a suposta assassina deve ou não ser perdoada por insanidade, fará de tudo para descobrir a verdade sobre o caso.

2. A Maldição de Bly Manor (2020)

É o regresso da equipa de criativos que nos assustou com o terror sobrenatural de A Maldição de Hill House. As duas histórias são independentes e esta é baseada em Calafrio, de Henry James (1898), narrando o estarrecedor quotidiano de uma ama americana (Victoria Pedretti) contratada para cuidar de duas crianças órfãs, numa casa de campo. A trama passa-se na Inglaterra dos anos 1980, carregando nas tintas da literatura gótica, com aparições, sugestões e deambulações pouco aconselháveis a espectadores agitados e impressionáveis. Além de Pedretti, também Oliver Jackson-Cohen, Henry Thomas e Kate Siegel transitam do elenco da maldição anterior.

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3. A Queda da Casa de Usher (2023)

Abundantemente adaptado ao cinema, o conto clássico de Edgar Allan Poe chegou ao pequeno ecrã pelas mãos de Mike Flanagan, criador de A Maldição de Hill House. Nesta história de grandes ansiedades, a poderosa e endinheirada família Usher começa a desintegrar-se e a ruir quando segredos do seu passado vêm à tona.

4. Aos Olhos da Justiça (2019)

Cinco adolescentes negros são injustamente acusados de atacar e violar uma mulher no Central Park, em 1989. Quatro dos jovens são enviados para um centro de correcção, mas um deles, por já ter 16 anos, é enviado para uma prisão. Esta minissérie de Ava DuVernay (When They See Us, no título original) mostra como o processo judicial foi conduzido de forma negligente e preconceituosa pela polícia de Nova Iorque. Em 2002, os cincos suspeitos injustamente condenados foram ilibados, depois de um outro homem ter confessado ser o autor daquele ataque com mais de 20 anos.

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5. Caliphate (2020)

Em oito episódios, este drama mergulha-nos na dura realidade da radicalização religiosa e põe a descoberto os perigos da ameaça terrorista. Criada por Wilhelm Behrman e Niklas Rockström, a minissérie baseia-se numa profunda investigação levada a cabo por peritos e segue a história de cinco raparigas suecas desde o momento em que conhecem o homem que as radicaliza até à viagem que culmina na chegada à cidade síria de Raqqa, território dominado pelo auto-proclamado Estado Islâmico. Pelo meio, os destinos cruzam-se e há quem tente voltar a casa.

6. Gambito de Dama (2020)

Anya Taylor-Joy é Beth Harmon, uma órfã que, aos nove anos, nos EUA da década de 60, aprende a jogar xadrez, revelando-se um prodígio de nível mundial. A caracterização emocional e mental de Beth enquanto génio enxadrístico, com as suas carências, adições e idiossincrasias, é perfeita, tal como a recriação da época, a pintura do ecossistema do xadrez e dos que o habitam, e a verosimilhança das partidas.

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7. Madam C. J. Walker: Uma Vida Empreendedora (2020)

Baseada em factos reais, esta minissérie de quatro episódios conta como Sarah Breedlove, uma lavadeira afro-americana de origens humildes, construiu um império de produtos de beleza e se tornou milionária. Além de Octavia Spencer no papel da protagonista, o elenco principal conta ainda com Blair Underwood, Tiffany Haddish, Carmen Ejogo, Garrett Morris e Kevin Carroll.

8. Maid (2021)

Baseada na história real de Stephanie Land, contada em livro, Maid segue o calvário de uma jovem mãe solteira, Alex (a cativante e expressiva Margaret Qualley), que saiu de casa, e de uma relação perigosa, com a filha de três anos, sem ter onde ficar, sem dinheiro, emprego, qualificações nem carro. A história contém o seu imenso potencial lacrimal, não se desfaz em queixinhas e indignações e mostra, com emoção mas também com correcção realista, o que é ser pobre e viver de “McJobs” e subsídios nos EUA, sem culpados prontos-a-detestar, seja a sociedade, sejam vilões de cartão e cola.

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9. Maniac (2018)

Com Emma Stone e Jonah Hill nos papéis principais, é uma minissérie de dez episódios realizada por Cary Joji Fukunaga, responsável pela muito aplaudida primeira temporada de True Detective e pelo primeiro filme original da Netflix Beasts of No Nation. É um daqueles casos em que o título diz muito (ou pouco, dependendo da perspectiva) do que aí vem, tal como o trailer, aliás. Annie Landsberg (Emma Stone) e Owen Milgrim (Jonah Hill) aceitam participar num misterioso ensaio clínico para um medicamento que promete ajudar a combater problemas mentais, mas os testes acabam por não correr como planeado levando-os para os mais estranhos universos. É um suspense de ficção científica, mas é também uma comédia negra.

10. Sem Deus (2017)

Esta minissérie americana, produzida por Scott Frank, remete para os clássicos do faroeste em sete episódios, num total de sete horas e meia. A narrativa, ambientada na década de 80 do século XIX, acompanha o implacável fora-da-lei Frank Griffin (Jeff Daniels), que aterroriza o Novo México à procura de Roy Goode (Jack O'Connell), um antigo membro do seu bando que encontrou uma nova vida em La Belle, uma cidade que, depois de um desastre numa mina, é habitada praticamente só por mulheres – homens são só dois ou três velhos, o xerife cada vez mais míope e desacreditado e o seu assistente.

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11. The Serpent (2021)

Nos anos 70, enquanto mantinha uma fachada de negociante de pedras preciosas, o burlão, ladrão e serial killer Charles Sobhraj, ajudado pelo seu cúmplice, Ajay Chowdhury, e com a conivência da namorada, Marie-Andrée Leclerc, mataram com cruel frieza pelo menos 12 pessoas na Tailândia e no Nepal, todos incautos turistas hippies ocidentais. Além da superior execução narrativa e dramatúrgica, do suspense e da recriação de época, The Serpent tem uma poderosíssima interpretação de Tahar Rahim no insinuante, reptilíneo e impassível Sobhraj, a personificação do mal em estado puro.

12. Toda a Luz Que Não Podemos Ver (2023)

Durante a II Guerra Mundial, dois jovens de diferentes lados da barricada sintonizam uma rádio em que um homem conhecido como Professor ilumina as noites de crianças e adolescentes de toda a Europa, ensinando ciência e tecnologia através das suas emissões nocturnas. Um farol em tempos de guerra, num enredo em quatro episódios que acompanha uma década da vida de Marie-Laure e Werner, desde que são crianças até serem jovens adultos. Toda a Luz Que Não Podemos Ver é produzida e realizada por Shawn Levy (Stranger Things) e parte do romance homónimo de Anthony Doerr, vencedor de um Pulitzer em 2015.

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13. Unbelievable (2019)

Esta minissérie original da Netflix é baseada em factos verídicos. Inspirada no trabalho jornalístico de Ken Armstrong e T. Christian Miller, que com ele venceram um Pulitzer, esta é a história de Marie Adler, uma adolescente inserida numa comunidade para jovens em risco no estado de Washington que, em 2008, reporta à polícia uma violação. Só que as autoridades não acreditam nela e acusam-na de ter forjado o ataque. Até que, anos depois, sucessivos casos de violação ocorrem em vários estados, levando a que seja aberta uma investigação que culmina na captura do homem que atacou Marie em 2008.

14. Unorthodox (2020)

Baseada no livro autobiográfico de Deborah Feldman, Unorthodox: The Scandalous Rejection of My Hasidic Roots, esta minissérie de quatro episódios acompanha a fuga de uma jovem judia da comunidade ultraortodoxa de Williamsburg, em Nova Iorque, para Berlim. Uma cidade medonha aos olhos judaicos, para onde antes se escapara a mãe, deixando-a para trás. Esty, a rapariga, é interpretada por Shira Haas, com tanta contenção e desnorte como decisão e instinto de sobrevivência. Os diálogos são quase todos em iídiche e o final, em que Esty entoa à capella o cântico “Mi Bon Siach”, que deveria ser de submissão e ali é de libertação, é uma das cenas mais arrepiantes de todo o streaming.

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15. Vigilante (2022)

Naomi Watts e Bobby Cannavale interpretam aqui um casal, Maria e Derek Broaddus, que se muda para a sua casa de sonho, numa nova vizinhança. Estão felicíssimos, mas essa felicidade esvai-se quando começam a receber cartas com ameaças, assinadas “O vigilante”. Os Broaddus vão então tentar saber quem é que os está a tentar assustar. Esta série policial conta também com Mia Farrow, Jennifer Coolidge e Michael Nouri.

Mais para ver

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A oferta ainda não é muita nesta parcela de entretenimento, mas a HBO caminha para construir uma biblioteca mais variada e espera-se que chegue a Portugal uma boa tranche daquilo que está disponível na plataforma do lado de lá do Atlântico. Para já, há alguns títulos que devem fazer parte da lista de obrigatórios; histórias de crime, de fraude, de coragem contra sociedades e governos e mentalidades. Estes oito documentários na HBO são alguns dos melhores que se encontram pelo vasto mundo do streaming, e só tem de sentar-se e vê-los.

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As listas, como quase tudo nesta vida, são relativas. Mas depois de enchermos uma espécie de conselho de administração com loucos de séries televisivas e outros consultores da redacção da Time Out, chegámos a estas 25. Portanto, se vai começar a disparar insultos e a pedir justificações para as suas séries de comédia preferidas não estarem aqui avisamos já que não vai ter sucesso. Podiam ser outras, mas são estas. E pedimos desculpa às que ficaram de fora. Mais um alerta à tripulação: estas séries de comédia estão ordenadas apenas por ordem alfabética, que não queremos alimentar ainda mais a polémica. Ria-se connosco.

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Comédias e westerns, policiais e melodramas, ficção científica e fantástico, sem esquecer o musical, há de tudo nesta lista preenchida com 75 dos melhores filmes clássicos. Nela encontramos obras de alguns dos melhores realizadores da história do cinema, como Buster Keaton, Fritz Lang, Ingmar Bergman, John Ford, Howard Hawks, Federico Fellini, François Truffaut, Jean-Luc Godard, Luchino Visconti ou Martin Scorsese, entre muitos, muitos outros. Pode ser o início de uma colecção de grandes obras do cinema mundial em DVD ou Blu-ray. Ou ainda uma lista para orientação no YouTube, onde se encontram vários destes títulos em boas cópias.

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