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Metrobus Boavista - Império
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Metrobus entre a Boavista e a Foz vai custar 25 milhões de euros

A nova linha vai ligar as rotundas da Boavista e da Praça do Império em 15 minutos e será servida por oito novas estações. Deverá ficar pronta no final de 2023.

Escrito por
Ana Patrícia Silva
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O Porto vai ter uma nova forma de mobilidade sustentável a ligar as rotundas da Boavista e da Praça do Império. A nova linha BRT (Bus Rapid Transit), uma extensão do serviço da Metro do Porto, será desenvolvida ao longo das avenidas da Boavista e Marechal Gomes da Costa, com uma frequência de cinco minutos em hora de ponta, o que vai permitir uma viagem em 15 minutos.

A linha vai perfazer um traçado de oito quilómetros, quatro em cada sentido. O serviço vai contar com oito novas estações de superfície: Casa da Música, Bom Sucesso, Guerra Junqueiro, Bessa, Pinheiro Manso, Serralves, João de Barros e Império. Todas contarão com cobertura, máquinas de venda de títulos, validadores, videovigilância e equipamento de informação ao público.

Mapa da nova ligação Boavista-Império
© DRMapa da nova ligação Boavista-Império

O consórcio formado pelas empresas Alberto Couto Alves SA e Alves Ribeiro SA é o primeiro classificado no relatório preliminar do júri na avaliação das propostas do concurso público para a concepção e construção da linha BRT Boavista - Império. A proposta vencedora tem o preço de cerca de 25 milhões de euros (24.963.701,62€) e um prazo de execução global de 20 meses, devendo ficar concluído no final de 2023, anuncia a Metro do Porto. 

Após a notificação dos seis concorrentes que apresentaram propostas válidas, decorre o prazo legal de audiência prévia, após a qual o conselho de administração da Metro do Porto procederá à adjudicação. O consórcio vencedor começará por apresentar o projecto de execução, avançando depois para a construção da linha de BRT.

A nova linha vai integrar o sistema de transportes da Área Metropolitana e o sistema de bilhética intermodal Andante, constituindo "parte fundamental na estratégia de descarbonização e de combate às alterações climáticas". Este projecto constitui "uma das grandes novidades do Metro 3.0, a nova fase de expansão da rede (depois da construção da Linha Rosa e da extensão da Linha Amarela)". Trata-se de "um investimento global de 66 milhões de euros, provenientes do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência), incluindo material circulando e um posto de abastecimento de hidrogénio, que servirá não apenas o BRT como toda a comunidade".

O Bus Rapid Transit destaca-se pelo "desempenho ambiental neutro (os veículos serão movidos a hidrogénio) e pela facilidade de integração em meio urbano". As composições BRT são idênticas a um metro de superfície, mas circulam sobre pneus, dispensando a instalação de carris ou o uso de catenárias para alimentação energética. Este tipo de sistema garante "serviços de alto rendimento, com uma procura de média a alta intensidade, funcionando frequentemente enquanto elemento complementar e de interface com o Metro".

A localização das oito novas estações teve em consideração "as condicionantes dos locais, os estudos de mobilidade e obedeceu a critérios e princípios de organização e funcionamento, já devidamente testados na rede de metro em exploração". Entre estas especificidades, destaque para "o extenso espaço verde do separador central da Avenida do Marechal Gomes da Costa, que irá ser integralmente preservado", tal como "as espécies arbóreas existentes ao longo do canal, adaptando-se uma das faixas rodoviárias existentes à utilização do BRT".

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