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MEO Sudoeste
© Fernando Amaral

A road trip perfeita até ao MEO Sudoeste

Em quase 500km muita coisa pode acontecer. Siga as nossas sugestões para uma road trip a caminho do festival MEO Sudoeste

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Do Porto à Zambujeira do Mar é um tirinho. Mas porque não saborear a viagem? Vá mais cedo, explore tudo num dia só em jeito de maratona e descubra Portugal pelo caminho, enquanto vai decorando as letras ou recordando as músicas de Anitta, Rita Ora ou a abanar o capacete ao som de Steve Aoki, alguns dos cabeças de cartaz de mais uma edição MEO Sudoeste (6 a 10 de Agosto) para animar a viagem. Sugerimos 10 paragens de norte a sul, numa aventura do asfalto que inclui animais gigantes de cerâmica, grutas calcárias, ruínas romanas, tripas de ovos moles, chapéus de chuva coloridos ou um mercado medieval.

Recomendado: os concertos a não perder no MEO Sudoeste

Parque Biológico de Gaia
©Joseolgon

1. Parque Biológico de Gaia

O Parque Biológico de Gaia é uma mistura de jardim zoológico, jardim botânico e reserva natural. Criado a partir de um conjunto de antigas quintas, tem uma área de 35 hectares onde vivem centenas de plantas e animais em estado selvagem ou cativeiro. Entre eles o bisonte, uma espécie actualmente a ser reintroduzida no meio natural, ou um bicho chamado saca-rabos, pequeno carnívoro trazido para Portugal pelos árabes e outrora venerado no antigo Egipto. 

Costa Nova
©Jorge Gonçalves

2. Costa Nova

Está na altura de regressar à costa portuguesa. E esta é uma gema cada vez menos escondida nos guias turísticos. Numa língua de terra entre a Ria de Aveiro e o Oceano Atlântico, fica esta vila de pescadores do concelho de Ílhavo, famosa pelas casas de madeira às riscas azuis, vermelhas, amarelas ou verdes, antigos palheiros que guardavam materiais associados à pesca. Hoje são o postal da Costa Nova, mas há mais para fazer do que tirar a fotografia da praxe. Aqui comem-se tripas, mas doces. Uma massa de bolacha semi-crua que pode ser servida simples ou recheada de ovos moles, chocolate (os sabores originais), framboesa, avelã e outras gulodices. Chama-se Tripas de Aveiro, mas a receita nasceu na costa nova pelas mãos de Zé da Tripa há cerca de 70 anos. A barraquinha está na avenida principal à sua espera.

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Mata Nacional do Bussaco
©Duca696

3. Mata Nacional do Bussaco

Na Serra do Bussaco encontra-se esta área protegida, uma zona verde plantada pela Ordem dos Carmelitas Descalços que aqui tinham o seu retiro conventual. A ordem importou árvores de todo o mundo, sendo o ex-libris da Mata Nacional do Bussaco o Cedro-do-Bussaco, espécie exótica originária da América Central, cuja plantação do exemplar mais antigo remonta ao século XVII. O património cultural da mata também merece atenção. Inclui uma Via Sacra, ermidas de habitação destinadas aos religiosos que quisessem uma morda temporária fora do mosteiro ou duas bulas papais gravadas em pedra: uma a interditar a entrada de mulheres e outra a sentenciar excomunhão a quem destruísse árvores ou apanhasse madeira. A entrada é livre a pé, mas para entrar de carro tem de deixar 2€ à porta.

Figueira da Foz

4. Figueira da Foz

Tem os binóculos consigo para ver melhor para o palco? Óptimo. Ponha-os a render nas lagoas de Quiaios, locais de eleição para a observação de outro tipo de aves raras. Pelo menos para quem não domina a ciência da ornitologia. Com uma zona de piqueniques encontra-se à disposição, um dos melhores locais para a observação é a Lagoa da Vela, a maior desta área protegida, que é visitada por espécies como o Galeirão-comum ou a Pega-rabuda. 

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Conímbriga
©Carole Raddato

5. Conímbriga

Não são apenas um clássico da história, como um clássico do turismo nacional. As Ruínas de Conímbriga abriram ao público em 1930, há quase um século, e são bem mais visitáveis do que muitos sítios arqueológicos famosos em todo o mundo. Este que é o maior conjunto de ruínas romanas em Portugal, consegue tirar fotografias sem cabeças de outros turistas a entrar no plano e imaginar uma próspera cidade romana onde ainda são visíveis materiais decorativos como mosaicos, esculturas e pinturas murais. E vestígios de estruturas como um templo, basílica, cúria, lojas, termas, aqueduto ou habitações como a Casa dos Repuxos e a Casa Cantaber. A porta está aberta todos os dias entre as 10.00 e as 19.00, o bilhete custa 4,5€ e inclui entrada no Museu Monográfico de Conímbriga.

Ferreira do Zêzere
©Noticiasdozezere

6. Ferreira do Zêzere

A aldeia de Dornes (nome muito Guerra dos Tronos), no concelho de Ferreira do Zêzere, figura numa lista de topo, a das 7 Maravilhas de Portugal - Aldeias. Terra de bonitas paisagens sobre o rio, a chamada “Península Encantada”, é um dos locais de eleição para a prática de actividades aquáticas, da canoagem ao wakeboard. Mas pode ficar só por um passeio de barco e relaxar. Não se esqueça que tem de se poupar para outras marés, não vá dar-lhe para fazer crowd surfing durante o concerto de Steve Aoki.

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Grutas de Mira de Aire
©Lara Maia

7. Grutas de Mira de Aire

Localizadas no Parque Natural da Serra dos Candeeiros e D’Aire, são as maiores grutas turísticas do país e uma das 7 Maravilhas Naturais de Portugal. Com 11km de extensão, chegam a alcançar os 180km de profundidade. O bilhete (6,90€) dá acesso a cerca de menos de 1km de gruta, o suficiente para perceber a dimensão e apreciar a singularidade do local, com muitas salas, lagos e escadas pelo caminho. As grutas estão abertas todos os dias (entre as 09.30 e as 19.00, de Junho a Setembro) e as visitas são acompanhadas por um guia ao longo do trajecto visitável.

Caldas da Rainha/ Óbidos
©DR

8. Caldas da Rainha/ Óbidos

Foi Bordalo Pinheiro que pôs as Caldas da Rainha na rota da cerâmica mundial, com a fundação da antiga Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha. Pode inteirar-se do assunto na Casa Museu San Raphael, aberta na antiga casa da família Bordalo, com a ajuda de peças originais, desenhos, documentos ou mais de mil moldes em gesso, ou desatar a encher o Instagram com imagens de peças de loiça gigantes. Em 2015 foi criada a Rota Bordaliana, com a instalação de réplicas gigantes de algumas das figuras mais icónicas do mestre, como o Zé Povinho, o Gato Assanhado ou uma rã sobre nenúfares na fonte junto à estação de comboios. 

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Ericeira/Mafra
Fotografia: Manuel Manso

9. Ericeira/Mafra

Na “terra dos ouriços” – uma das versões para o baptismo da vila piscatória — cheira quase sempre a férias. E é talvez o melhor sítio para começar a sentir que está mesmo a começar uma semana de aventura. É o sítio ideal para uma boa barrigada de peixe e marisco nos restaurantes locais, como a Marisqueira Mar à Vista, na Praia dos Pescadores, mas que tal ir à Ericeira provar um pastel de nata? O da pastelaria O Pãozinho das Marias (1,20€) venceu primeiro prémio no concurso Peixe em Lisboa em 2017. Já que está no concelho de Mafra, aproveite para conhecer um novo Património Mundial da UNESCO, mas antiga estrela da casa: o Palácio Nacional de Mafra.

  • Viagens

A zona mais a sul da Costa Alentejana foi abençoada por areais paradisíacos. Mas há muito mais do que praias de águas cristalinas, areias soltas e formações rochosas imponentes na Zambujeira do Mar: há restaurantes para petiscar ou para comer até fartar, com peixe fresco e marisco ou uma boa carne, há um festival que todos os anos atrai milhares de pessoas (descubra já os concertos que não pode perder no MEO Sudoeste) e há praias para mergulhar entre concertos.

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