No centro da nova peça da coreógrafa ruandesa Dorothée Munyaneza está umuko, uma árvore ancestral de flores vermelhas vivas, símbolo de cura e guardiã das histórias que atravessam gerações. Juntamente com cinco jovens artistas ruandeses — bailarinos, músicos e poetas —, Munyaneza celebra a criatividade, a audácia e a liberdade de uma nova geração que, nascida depois do genocídio contra a população tutsi no Ruanda, que dilacerou o país africano em 1994, carrega a memória de uma herança comum enquanto sonha o futuro e resiste à precariedade do quotidiano. Em cena na Culturgest, a 14 e 15 de Novembro, sexta às 21.00 e sábado às 19.00. O bilhete custa 16€.
Nasceu como Danças na Cidade em 1993, mas mais de 30 anos depois muito mudou. Desde 2006 que se chama Alkantara Festival, e tem-se consagrado como um espaço de encontro entre dança, teatro e performance internacional, onde se pensam e debatem as urgências do mundo contemporâneo. Este ano, o festival ocupa várias salas de Lisboa – da Culturgest às Carpintarias de São Lázaro, passando pelo renovado CAM e pelo TBA – com criações que abordam temas como a liberdade da geração pós-genocídio tutsi, os corpos não normativos, os movimentos migratórios e a diáspora africana. Dos 14 espectáculos programados, escolhemos sete a não perder. São os destaques desta edição.
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